O
missionário francês Jean Marie, mais conhecido em São Luís como João Maria, ao
chegar ao Maranhão, vindo da França, adquiriu com recursos próprios e com ajuda
de colaboradores o Sítio Piranhenga e procurou transformá-lo num centro
educacional e de profissionalização para menores carentes, a CEPROMAR.
Segundo
a palestrante, Jean Marie relatou que sua chegada aqui não foi fácil, pois
havia muita pobreza na época, não recebia nenhum subsídio por parte do governo
nas suas ações sociais e que existia um clima adverso em relação ao clérigos durante
a ditadura, com rumores que seria preso, mas isso nunca ocorreu.
O
Sítio Piranhenga tem sua origem no século XIX, seu primeiro proprietário foi
José Clarindo de Miranda, é um dos poucos Sítios desse período que ainda
conserva traços originais como senzalas, capelas etc.
Eulália, diretora da CEPROMAR com Telma Bonifácio |
Em
sua pesquisa, a historiadora Telma Bonifácio constatou que nos períodos colonial
e imperial os Sítios assumiram uma função bastante importante na produção
artesanal de diversos gêneros, desde sabão, cal, tecidos, entre outros, ao
contrário do que se poderia imaginar, funcionando como verdadeiros precursores
do parque fabril que se instalaria em São Luís no final do século XIX.
Além
de vários sócios do IHGM e demais interessados, registrou-se a presença da
senhora Eulália Ferreira, atual diretora da CEPROMAR (Centro Educacional e
Profissionalizante do Maranhão), organização não governamental que administra o
Sítio Piranhenga.