Do Site Revista de História da BN e do fHist

No caso da ditadura civil-militar e da Comissão da Verdade, por exemplo, a
ideia é trazer à tona o papel da imprensa na resistência à censura, detalhes
sobre a Operação Condor e a perseguição de brasileiros no exterior.
Segundo o professor Paulo Cunha, da Unesp, um evento como este pode despertar
a academia para assuntos antes encarados como tabus. “Um caso sintomático é a
Coluna Prestes. Ela é estudada em várias escolas militares mundo afora, menos
nas nossas, salvo como tática, mas não como movimento”, alerta, lembrando também
do caso da obra do historiador e militar Nelson Werneck Sodré (1911-1999). “Por
ter sido um general marxista, nunca foi alvo de atenção nas escolas militares,
tampouco em universidades conservadoras, e agora está sendo revisitada”.
Para isso, além das 14 mesas-redondas programadas e conferências na “Tenda da
História”, o evento traz ao público cinco oficinas, uma mostra de cinema, cinco
espetáculos musicais e o lançamento de livros inéditos, como o 9º volume da
História Geral da África, da Unesco, com direito a bate-papo com os autores.

A escolha da cidade-sede também é objeto de destaque. Reconhecida pela Unesco
como Patrimônio Cultural da Humanidade, Diamantina reúne um acervo
histórico-arquitetônico singular, fortemente ligado à exploração de ouro e
diamante. “A cidade oferece um cenário ideal para o Festival. Além de polo
estratégico do turismo brasileiro, Diamantina se consolida como polo
universitário de excelência, sendo portal do Vale do Jequitinhonha”, comenta
Pilar Lacerda.

As inscrições devem ser feitas exclusivamente pelo site oficial do
evento(http://www.festivaldehistoria.com.br/). O ingresso custa R$ 30 para estudantes, R$ 60 para professores e R$ 90
para as demais categorias.
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