São
Luís – Entre os dias 5 e 7, o Instituto Arqueológico, Histórico e Geográfico de
Pernambuco (IAHGP), o segundo mais antigo do Brasil, fundado em 1862, realizou
na Cidade do Recife, o VI Congresso Nordestino dos Institutos Históricos e o I
Congresso dos Institutos Históricos Municipais de Pernambuco, que teve como
tema: “A Revolução Pernambucana de 1817:
na construção do Brasil”. O evento contou com o apoio do governo do estado
de Pernambuco, além de várias instituições públicas e privadas.
O
Encontro fez parte da programação do encerramento das
comemorações do Bicentenário da Revolução Pernambucana, que teve início em 2017,
ano do bicentenário.
A
programação teve início dia 5, às 19h, na sede do IAHGP com a Solenidade de abertura,
presidida pelo professor, historiador, Dr. George Cabral, presidente do
Instituto de Pernambuco e professor da UFPE. Compuseram a mesa, além de outras
autoridades, o prefeito do Recife, o senhor Geraldo Júlio, que na ocasião,
sancionou a lei que tornou o IAHGP de utilidade pública municipal.
O presidente do IHGB, o professor Dr. Arno Wehling e o professor e historiador Vamireh Chacon(UNB/IHGB)), foram os palestrantes da noite, que discorreram sobre temas voltados para a reflexão do processo de construção da Revolução pernambucana de 1817 e suas influências, francesas, americanas, mas também ibéricas, segundo o professor Wehlling que proferiu a palestra: “Tradição e inovação no discurso político da Revolução de 1817”.
No
segundo dia, terça-feira (6), Data Magna de Pernambuco, às 8h, os congressistas
participaram de uma Solenidade em homenagem à Revolução Pernambucana no Palácio
do Campos das Princesas com a presença do governador do estado, Paulo Câmara e
demais autoridades, onde houve parada militar, discursos e colocação de flores
no monumento dos Mártires da Revolução Pernambucana de 1817.
Dr. Eduardo Castro (IGHB) e Euges Lima (IHGM) |
Num
clima de congraçamento, pode-se dizer que além do conhecimento adquirido sobre
a história da Revolução Pernambucana, o ponto alto, foram as trocas de
experiências, intercâmbios, aspirações e metas comuns para o melhor desempenho
dos Institutos Históricos do Nordeste e de Pernambuco. Eventos como esses,
demonstram como os movimentos dos Institutos históricos estão vivos e vigorosos
e se multiplicando, principalmente nos milhares de municípios do Nordeste e do
Brasil. Pernambuco já conta com quinze Institutos Históricos municipais.
Participação do Maranhão
No
segundo dia, 6, o Instituto Histórico e Geográfico do Maranhão (IHGM), participou
por meio do seu representante, o professor Euges Lima do segundo painel dos
Institutos Históricos Estaduais, compartilhando a mesa com os presidentes do Instituto
do Ceará, Dr. Lúcio Gonçalo de Alcântara; o presidente do Instituto Histórico e
Geográfico Paraibano, Dr. Guilherme Gomes da Silveira d'Avila Lins e com o
coordenador da Mesa, professor Marcelo Casseb (IAHGP).
O
professor Euges Lima, discorreu sobre “O
Sentido Nacional da Revolução Pernambucana”, destacando o impulso nacional
da Revolução em sua preparação, a ligação entre as províncias, o antagonismo
entre brasileiros e portugueses em geral, a dicotomia Metrópole e colônia,
assim como as necessidades diferentes, além do espírito separatista geral, porém
mais acentuado em Pernambuco. Segundo Lima, a Revolução tinha contatos e pretensões
regionais e nacionais.
“Embora
sua preparação tivesse esse sentido nacional, as adesões não foram
concretizadas, ainda assim, levantaram-se, Paraíba, Rio Grande do Norte e
Alagoas”, o Maranhão não aderiu, mas há indícios de contatos
pré-revolucionários que precisam ser mais bem investigados.” destacou Lima.