sábado, 22 de novembro de 2014

UEMA concede título Doutor Honoris Causa à pesquisadora e militante



Na data em que se comemora o Dia da Consciência Negra (20), aconteceu a cerimônia de outorga do título de Doutor Honoris Causa à escritora, pesquisadora e militante do movimento negro, Maria Raymunda Araújo, título concedido pela Universidade Estadual do Maranhão (Uema), no auditório do Curso de Arquitetura e Urbanismo da instituição.
A homenagem foi prestigiada por intelectuais, autoridades políticas, membros de movimentos sociais, familiares da pesquisadora, convidados, diretores de Centro, professores, funcionários e alunos da Uema.
A mesa de autoridades foi composta pelos membros do Conselho Universitário (Consun), presidido pelo reitor José Augusto Silva Oliveira, do qual fazem parte os pró-reitores de Administração, Walter Canales Sant’Ana; de Planejamento, Antônio Pereira e Silva; de Pesquisa e Pós-Graduação, Porfírio Candanedo Guerra; de Extensão e Assuntos Estudantis, Vânia Lourdes Martins Ferreira; e de Graduação, Maria Auxiliadora Gonçalves de Mesquita. Também participaram da mesa a coordenadora do Centro de Cultura Negra (CCN), Ana Amélia Bandeira; o presidente da Academia Maranhense de Letras, Benedito Buzar; e o presidente do Instituto Histórico e Geográfico do Maranhão (IHGM), Euges Lima.
Maria Raymunda foi encaminhada à mesa de honra pelo diretor do Centro de Ciências Sociais Aplicadas (CCSA), José Antônio Ribeiro de Carvalho, que fez o discurso inicial, apresentando a trajetória social, acadêmica e de militância da homenageada no movimento negro.
Raymunda agradeceu ao professor José Antônio pelo relato de sua trajetória e ao Consun, por ter sido unânime ao conferir-lhe o título. Além disso, fez agradecimentos aos familiares e demais presentes na cerimônia.
“Confesso-lhes que jamais me imaginei como centro e motivo de uma solenidade igual a esta, singularizada por borlas, capelos e vestes talares. Em tudo quanto fiz e continuo fazendo, não tive e não tenho objetivo de granjear para mim homenagens porque sempre conferi ao meu trabalho o sentido de missão, como uma constante em minha vida”, declarou a pesquisadora.
Sobre Maria Raymunda Araújo (Mundinha)
Nasceu dia 8 de janeiro de 1943, em São Luís, sendo a segunda dos 14 filhos do gráfico/ferroviário, Eugênio Estanislau de Araújo e de Neuza Ribeiro Araújo. Cursou o Ginásio e Curso Normal no Instituto de Educação. Exerceu o magistério de 1964 a 1975. Graduou-se em Comunicação Social pelo convênio FESM/USP, ainda em 1975, quando foi admitida como técnica em Comunicação Social no quadro de servidores do Estado no Instituto de Pesquisas Econômicas e Sociais.
Na década de 1970, participou do LABORARTE e do Coral da Fundação Universidade do Maranhão, depois Universidade Federal do Maranhão (Ufma).
Em 1976, fez o levantamento das comunidades quilombolas rurais.
Em 1979, fundou o Centro de Cultura Negra do Maranhão (CCN), com os companheiros Silvia Black, Maria do Rosário Carvalho, Isidoro Cruz, Luizão, João Francisco e outros.
Foi presidente e vice-presidente do CCN, coordenou o Departamento de Informação e Divulgação da entidade, no período de 1980 a 1986, produzindo e editando textos, cartilhas e material de divulgação.
Na década de 1980, participou ativamente da mobilização dos negros em São Luís, organizando e coordenando seminários, cursos, encontros e demais eventos relacionados à história do negro e a questão racial no Brasil.
Obras publicadas por Mundica: “Breve Memória das Comunidades de Alcântara”, “A Invasão do Quilombo Limoeiro”, “Insurreição de Escravos em Viana”, “Documentos para a História da Balaiada”, “Em Busca de Dom Cosme Bento das Chagas – Negro Cosme-Tutor e Imperador da Liberdade” e “Descendência de Elesbão Lourenço de Araújo e Ana Raimunda de Sá Caldas (Donana)”.
 
Fonte: Ascom/UEMA

Sócia do IHGM recebe premiação na Itália


A Promotora de Justiça e escritora Ana Luiza Almeida Ferro, sócia do IHGM, participou da cerimônia de premiação da Accademia Internazionale Il Convivio, da Itália, a qual teve lugar na cidade de Giardini Naxos, na província de Messina, Sicília, naquele país, no dia 26 de outubro deste ano. O livro Quando: poesias (São Paulo: Scortecci), da jurista e poeta, logrou o segundo lugar no Premio “Poesia, Prosa ed Arti figurative”, Sezione Stranieri, categoria "Libro edito in portughese", promovido pela academia referida. Na oportunidade, ela recebeu diplomas e um troféu. Trata-se de premiação internacional no campo das letras e das artes. A cerimônia foi exibida pela TVR (Randazzo), canal 285, e está disponível no Youtube. O site da Accademia é www.ilconvivio.org. O concurso relativo ao Premio “Poesia, Prosa ed Arti figurative”, em sua edição 2014, teve 978 participantes, dos quais 892 eram italianos e 86 de outras nacionalidades (franceses, espanhóis, argentinos, portugueses, brasileiros). O júri foi composto por 25 membros de diferentes nacionalidades. Ao todo, concorreram 1263 obras. Ana Luiza é autora de mais de uma dezena de livros, a maioria obras de cunho jurídico ou poético. Seu último livro publicado trata da França Equinocial: 1612: os papagaios amarelos na Ilha do Maranhão e a fundação de São Luís (Curitiba: Juruá, 2014, 776 p.). A obra também foi publicada com uma edição europeia, sob o título 1612: os franceses na Ilha do Maranhão e a fundação de São Luís (Juruá Editorial).