Joseh Carlos, Euges Lima e Antônio Guimarães |
São
Luís – Ontem (25) à noite, em Assembleia Geral do IHGM, foi escolhido pelos
sócios o livro “Pregoeiros e Casarões”, 2015, de autoria do sócio Antônio
Guimarães de Oliveira para concorrer ao Prêmio Pedro Calmon 2017, organizado
pelo Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro (IHGB), no Rio de Janeiro, instituição
que foi fundada em 1838, pelo imperador D. Pedro II.
Best Seller Local
O
livro é um verdadeiro registro iconográfico e mostra pregoeiros de São Luís, a
exemplo de vendedores de frutas, caranguejos; vendedores, camelôs, políticos,
também fatos históricos como eleições, greves; prédios, sobrados, estádios, um
apanhado de tudo que foi relevante para a história de São Luís. A obra foi
lançada na Feira do Livro de São Luís 2015 e de lá para cá já vendeu mais de
3.600 exemplares, tornando-se um verdadeiro Best Seller local.
A
direção do Instituto Histórico e Geográfico do Maranhão tem até o dia 15 de dezembro
para encaminhar três exemplares da obra escolhida para o IHGB, onde serão apreciados
por uma comissão julgadora. O prêmio é realizado de três em três anos e em
2014, a indicação do IHGM, recebeu menção honrosa, conforme relação abaixo:
George
F. Cabral de Souza
Indicação:
Instituto Arqueológico, Histórico e Geográfico Pernambucano
Menções
Honrosas:
1 -
Aleixo Garcia – o Homem e o Mito
Paulo
Pitaluga Costa e Silva
Indicação:
Instituto Histórico e Geográfico de Mato Grosso
2 -
História dos antigos domínios nos ervais do Paraguai
Paulo
Cezar Vargas Freire
Indicação:
Instituto Histórico e Geográfico de Mato Grosso do Sul
3 - 1612 – Os Papagaios Amarelos na Ilha
do Maranhão e a Fundação de São Luís
Ana Luiza Almeida Ferro
Indicação: Instituto Histórico e
Geográfico do Maranhão
4 -
Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo – 10 anos de memória paulista –
2002-2012
Nelly
Martins Ferreira Candeias
Indicação:
Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo
Pedro Calmon Moniz
de Bittencourt
Nasceu
em Amargosa, Bahia, “a cidade mais doce do Brasil”, em 23 de dezembro de 1902,
e faleceu no Rio de Janeiro, em 17 de junho de 1985. Filho de Pedro Calmon
Freire de Bittencourt e Maria Romana Moniz de Aragão Calmon de Bittencourt.
Fez
os estudos primários no Colégio de D. Maria Luiza de Souza Alves e os
secundários no Colégio Antônio Vieira e no Ginásio da Bahia (ambos em
Salvador). Iniciou o curso jurídico na Faculdade da Bahia, concluindo-o na do
Rio de Janeiro, que foi da Universidade do Brasil, hoje UFRJ. Ainda estudante,
aos 20 anos, publicou seu primeiro livro, de contos, Pedras d’Armas, SP, Ed.
Monteiro Lobato. Aos 24, praticava a imprensa, colaborando na Gazeta de
Notícias (RJ) e em O Imparcial e A Tarde (BA). Secretário de seu tio Miguel
Calmon, ministro da Agricultura no governo de Arthur Bernardes, prestou
concurso para conservador do Museu Histórico Nacional, sendo aprovado e
nomeado. Em 1926, obteve o grau de doutor em Direito, defendendo tese sobre O
Direito de Propriedade. Deputado estadual na Bahia, foi autor da primeira lei
de proteção ao patrimônio histórico. Foi, ainda, deputado federal pela Bahia e
candidato, contra Antônio Balbino, ao governo de seu Estado, quando obteve
grande votação, embora não se elegesse.
Em
22 de agosto de 1931, ingressou no IHGB como sócio efetivo, depois de várias
participações, entre elas uma conferência, de larga ressonância, em comemoração
do terceiro centenário da vitória, na Bahia, sobre os holandeses. No Museu Histórico,
criou e ocupou a cadeira de História da Civilização Brasileira e dedicou-se,
desde então, ao magistério e à pesquisa histórica, produzindo livros como O Rei
do Brasil, O Rei Cavalheiro e O Rei Filósofo, biografias de D. João VI, D.
Pedro I e D. Pedro II, além dos 3 volumes pioneiros da Histórica Social do
Brasil. Em 1936, esse grande orador, já considerado um dos melhores
historiadores do Brasil, foi eleito para a cadeira 16 da ABL. Por concurso,
obteve a cátedra de Direito Público da Faculdade de Direito onde estudara e da
qual seria diretor por longos anos (1938/48). Neste último ano, foi nomeado
reitor da Universidade do Brasil, realmente Magnífico, cargo que,
desempenharia, com raro brilhantismo, numa das épocas mais difíceis da história
do Brasil (até 1966). Durante cerca de dois anos, esteve licenciado da reitoria
para ocupar o Ministério da Educação (1950/51). Foi, ainda, professor
catedrático de Direito Constitucional da PUC/RJ e de História Moderna e
Contemporânea da Faculdade de Filosofia Santa Úrsula.
Em
1955, com a tese O Segredo da Minas de Prata, venceu o concurso para cátedra de
História do Colégio Pedro II. No IHGB, passa a sócio benemérito em 9 de julho
de 1943 e a grande-benemérito em 16 de maio de 1958. Foi orador oficial de 1939
a 1968 e, finalmente, presidente, grande presidente, de 1968 a 1985.
De sua vastíssima bibliografia, constante de
obras literárias, jurídicas e predominantemente históricas, fazem parte os
livros: Pedra d’Armas – A Bala de Ouro – Brasil e América – Brasília, Catedral
do Brasil – Castro Alves: o homem e a obra – Compêndio de História da
Literatura Brasileira – A Conquista – O Crime de Antônio Vieira – História
Social do Brasil, 3 vols. – O Estado e o Direito nos Lusíadas – Franklin Dória,
barão de Loreto – Gomes Carneiro, o General da República – História da Bahia –
História da Casa da Torre – História da Civilização Brasileira – os já referidos
O Rei do Brasil, O Rei Cavalheiro e O Rei Filósofo – História da Faculdade
Nacional de Direito – História da Fundação Nacional de Direito – História da
Fundação da Bahia – História da Independência do Brasil – História de
Literatura Baiana – História das Ideias Políticas – Histórias de Castro Alves –
História de Pedro II (5 vols.) – História Diplomática do Brasil – História do
Brasil na poesia do povo – Os presidentes da República – História do Ministério
da Justiça, 1º vol. – José de Anchieta, o Santo do Brasil – Malês, a
Insurreição das Senzalas – O Marques de Abrantes – O Palácio da Praia Vermelha
– Para Conhecer Melhor Castro Alves – Pequena História da Civilização
Brasileira – A Princesa Isabel, a Redentora – Vida de Castro Alves – Vida e
Amores de Castro Alves – Curso de Direito Constitucional Brasileiro – Brasil
(com Jaime Cortesão, para a “História de América” dirigida por A. Ballestero
Beretta) – História do Brasil (Enciclopédica Delta – Larousse – Curso de Teoria
Geral do Estado – Miguel Calmon, uma vida – A Vida Espantosa de Gregório de
Matos, RJ/Brasília, S.O./INL, 1983 – História do Brasil, RJ, J.O., 7 vol.
(Fonte: IHGB).