quinta-feira, 4 de dezembro de 2014

RHBN faz reportagem sobre o Pelourinho de São Luís


Adaptado do Site da RHBN


Revista de História da Biblioteca Nacional deste mês, traz reportagem sobre o pedestal do Pelourinho de São Luís de 1815 e seu achado recente como base da Pirâmide de Beckman. Veja a reportagem na íntegra.

 

O enigma da Pirâmide

 
Pesquisador de São Luís afirma ter descoberto que monumento da República foi erguido sobre antigo pelourinho
 
por Angélica Moreira 


Euges Lima, junto ao pedestal do
Pelourinho. Foto: Sônia Reis
Tortura e bravura descrevem bem o monumento Pirâmide de Beckman, que fica no Parque 15 de Novembro, em São Luís (MA). Ela foi construída em 1910, em homenagem a Manuel Beckman, líder da revolta de 1684 que ganhou seu nome. Mas um recente estudo indica que há história embaixo dessa história. A base do monumento estaria apoiada sobre um pedestal do antigo pelourinho local, de 1815. O autor da constatação é Euges Lima, presidente do Instituto Histórico e Geográfico do Maranhão (IHGM), que pesquisou o assunto por dez meses.
Tudo começou quando Maria Celeste de Souza, então funcionária do instituto, encontrou o pequeno livro A Cidade de S. Luiz: vestígios do passado (1926). O livro é um levantamento de monumentos, pontos históricos e sugestões de preservação do patrimônio da cidade. Chamou a atenção do historiador a seguinte passagem: "o segundo ponto histórico é aquelle onde, segundo presume o historiographo nosso digno consocio Professor Amaral, foi executado o Bequimão. Collocou-se ali uma pyramide comemorativa, em cuja base está a pedra do antigo pelourinho da cidade". Ali estava um detalhe até então “perdido” na memória de São Luís: a base da Pirâmide de Beckman pertenceu ao pelourinho.
O pedaço de pelourinho revelado seria o instrumento de 1815 que ficava no antigo Largo do Carmo (atual Praça João Lisboa). Segundo Euges Lima, acreditava-se que o pelourinho tinha sido completamente destruído durante insurreição popular de 1889. A confirmação de que a base do monumento moderno seria de fato parte do pelourinho foi encontrada em outro livro, O cativeiro (1941), de Dunshee de Abranches. “A obra traz um desenho do pelourinho provavelmente feito pelo próprio autor. Ele viveu em São Luís à época em que o antigo pelourinho era usado e fez uma rica descrição do monumento”, explica o historiador.
Para Jomar Moraes, 37º membro da Academia de Letras Maranhense e revisor das edições de 1992 e de 2012 do livro de Abranches, parece mesmo tratar-se do pedestal do pelourinho. Ele destaca as semelhanças da base da Pirâmide com as ilustrações de O Cativeiro e cita trecho publicado no jornal Pacotilha do relatório da prefeitura divulgado em março de 1930: "foi projetado o monumento a Bequimão, o Proto-Mártir da Independência desta Gloriosa Cidade. Inclui o projeto o aproveitamento do pedestal de cantaria do pelourinho de São Luís”. 
 Pirâmide de Beckman sobre o pedestal do Pelourinho.
Foto: Euges Lima
Mais importante do que revelar o “novo” monumento (ou parte dele) mais antigo da cidade
 de São Luís – em substituição à Pedra da Memória, de 1844 – é a questão simbólica. Para Rafael Chambouleyron, professor da Universidade Federal do Pará, “tudo gira em torno dos sentidos que indivíduos e grupos dão aos símbolos. O pelourinho representa o poder municipal e a opressão ligada ao castigo dos escravos. O mesmo vale para a Pirâmide: muitos viram a revolta como opressão, outros como total desgoverno”. Para ele seria interessante indicar os dois símbolos, evidenciando os sentidos distintos atribuídos a eles. Pollyana Mendonça, professora de História da Universidade Federal do Maranhão, lembra, porém, que a descoberta é recente e precisa de mais investigação.

BC lançará moeda comemorativa da cidade de São Luís na ACM

Do site da ACM
 
Evento acontece nesta sexta, 05/12, na sede da entidade, com a presença de diretores do Banco Central

O Banco Central lançará a moeda comemorativa da cidade de São Luís (MA) nest
a sexta-feira, 5/12, às 11h (12h de Brasília), em cerimônia na Associação Comercial do Maranhão. O evento terá a presença do diretor de Administração, Altamir Lopes, e do chefe do Departamento do Meio Circulante, João Sidney de Figueiredo Filho.

A moeda, cunhada em prata e com valor de face de R$ 5, faz parte da série numismática “Cidades Patrimônio da Humanidade no Brasil” e se soma às moedas comemorativas de Brasília (lançada em 2010), Ouro Preto (2011), Goiás (2012) e Diamantina (2013). O custo de aquisição da moeda será de R$ 180.

Membro do IHGM lançou livro sobre "O Poder no Tempo"

Adaptado do site da Universidade CEUMA

Aldy Mello, ex-reitor da UFMA
O professor, escritor e ex-reitor da Universidade Ceuma e UFMA, membro efetivo do IHGM, Aldy Mello de Araújo, lançou seu mais novo livro, intitulado “O Poder no Tempo” na Instituição. O lançamento aconteceu no salão nobre da biblioteca Presidente José Sarney, no dia 27 de novembro, às 19h, no campus Renascença. Na ocasião, foi realizada uma sessão de autógrafos, prestigiada pela comunidade acadêmica, familiares e autoridades.
A publicação é uma longa viagem pela trajetória da Humanidade e o progresso humano, desde a Pré-história até a Contemporaneidade de nossos dias, estudando o poder no tempo. O autor explica que o poder, no tempo antigo ou nos novos tempos, tem sido sempre objeto de ganância e disputa por parte de seus detentores, não importando que eles tenham sido imperadores, reis, colonizadores, papas ou governantes. Assim como os poderosos, as igrejas, também, buscaram o exercício do poder em nome da uma espiritualidade, não bastando os gregos com suas divindades primordiais ou alegóricas.
Durante o evento, o reitor Marcos Barros em sua fala disse que a Instituição sente-se honrada por receber este evento, de grande valia para a literatura local.
O professor Ramiro Azevedo, presidente do Conselho Editorial e docente há mais de 22 anos na Universidade, fez uma saudação ao homenageado e discorreu sobre o méritos do trabalho. “O professor Aldy Mello de Araújo possui uma expressiva e competente folha de serviço acadêmico à mocidade do Maranhão e do Brasil. É dignificante o exemplo que dá como intelectual em plena capacidade criativa, agora realçada com este eloquente trabalho “O Poder no Tempo”. A comunidade acadêmica, principalmente, está de parabéns”, enfatizou.
O livro contém 7 capítulos, todos expondo a caminhada da raça humana e como ela tem convivido com o poder, não esquecendo a evolução do conhecimento e as conquistas de cada época. Trata-se não só de um olhar sobre o passado, mas de uma revisão da memória do tempo em torno de um assunto que ainda hoje ocupa lugar no coração e na vontade dos homens: o poder.
Após os discursos, o Professor Aldy Mello expressou seu agradecimento aos presentes e colaboradores. “Além de honrado é muito gratificante estar aqui. O livro é sempre o resultado de um trabalho de pesquisas onde expomos ideias e deixamos para as gerações futuras aproveitarem, pois geralmente quem faz o livro não aproveita quase nada. Aproveita é quem lê. Portanto, é muito festivo estar aqui revendo amigos, revendo todos vocês que trabalham na Universidade Ceuma e isso me faz ter um sentimento de grandeza, de gratidão”, disse.
Estiveram presentes no evento o reitor Marcos Barros, o pró-reitor de graduação Saulo Martins, o pró-reitor da Saúde Marcos Pacheco, o pró-peitor de Pós-Graduação, Pesquisa e Extensão Valério Monteiro Neto, o defensor do Estado Aldy Mello de Araújo Filho, a defensora geral do Estado Mariane Albane, além de professores e convidados do autor.
O livro ficará disponível em todas as Livrarias Belas Artes e no IHGM.
Mais sobre o autor
Aldy Mello de Araújo é ex-professor da Universidade Federal do Maranhão (UFMA); mestre em Ciências Sociais pela Universidade de Louvain, na Bélgica. Possui os cursos de Administração Universitária pela Organização Universitária Nacional – OUI, do Canadá; Metodologia da Pesquisa Social pela Portland State University, nos Estados Unidos; professor emérito da Arkansas State University, também nos Estados Unidos; bacharel em Ciências Jurídicas e Sociais pela UFMA.
Membro do Instituto Histórico e Geográfico do Maranhão (IHGM), ex-reitor da UFMA, da Universidade Ceuma e ex-diretor da Faculdade Euro-Americana, em Brasília. É membro titular do Conselho Diretor da Universidade Federal do Maranhão; da Academia de Ciências e Artes da Câmara Brasileira de Cultura, na área de Ciências Sociais, onde ocupa a cadeira Gilberto Freyre, e do Conselho de Desenvolvimento Tecnológico do Estado do Maranhão.
 

segunda-feira, 1 de dezembro de 2014

NOTA DE PESAR


Faleceu dia 30, aos 84 anos, o membro efetivo e ex-diretor do IHGM, RAIMUNDO CARDOSO NOGUEIRA, ocupante da cadeira de n. 3, patroneada por Diogo de Campos Moreno. Nogueira era Médico Veterinário, foi secretário de Agricultura nos anos 70, no Governo Nunes Freire e era natural de Parnarama/MA. O enterro foi ontem (1.º), às 16:00 horas no cemitério Parque da Saudade.
Nesse momento de dor, o IHGM se solidariza com todos os familiares, amigos, confrades e confreiras e expressa suas mais sinceras condolências pela perda.

 
 Euges Lima
 Presidente do IHGM