sábado, 24 de fevereiro de 2018

Conferência sobre Jerônimo de Albuquerque Maranhão, lota auditório do IHGM




São Luís – Mesmo sem nenhum apoio do poder público maranhense, seja estadual ou municipal, apenas com o apoio exclusivo de seus sócios, como vem fazendo ao longo dos anos, o Instituto Histórico e Geográfico do Maranhão (IHGM), realizou ontem (23) à tarde, em sua sede, uma concorrida Conferência que trouxe como tema os 400 anos da morte de Jerônimo de Albuquerque Maranhão, colonizador português e primeiro Capitão-Mor do Maranhão.

A conferência trouxe um diferencial a mais, pois foi proferida por um descendente direto de Jerônimo de Albuquerque, o seu nono neto, o professor carioca, pesquisador e genealogista, Paulo de Albuquerque Maranhão que também é sócio correspondente do IHGM, IHGRN, membro do Instituto Brasileiro de História Militar e de outras agremiações cientificas e culturais.

A tarde de debates, contou também com a participação de historiadores e pesquisadores locais, como  a professora aposentada da UFMA e UEMA, a historiadora Maria de Lourdes  Lacroix, o professor e historiador Euges Lima e o pesquisador  José Almeida de Icatu. O evento foi aberto ao público interessado, professores e estudantes.

Segundo o presidente do IHGM, professor Euges Lima, “foi uma conferência revestida de grande êxito, no que concerne a qualidade das exposições, a riqueza do debate, além de uma grande participação do público, superando todas as expectativas, com mais de cem pessoas presentes, lotando assim, a capacidade do auditório do IHGM. Isso só demonstra o interesse do público pela história, em especial a do Maranhão.”

Jerônimo de Albuquerque Maranhão

Filho do português Jerônimo de Albuquerque e da indígena pernambucana M'Uirá Ubi (Arco Verde, em português), batizada com o nome de Maria do Espírito Santo Arcoverde, filha do cacique Uirá Ubi, Jerônimo de Albuquerque Maranhão notabilizou-se nas lutas travadas contra os franceses, na Região Nordeste do Brasil.

Sua primeira atuação destacada ocorreu quando, à frente de uma companhia que lhe foi entregue pelo Capitão-mor de Pernambuco, Manuel Mascarenhas Homem, empreendeu a reconquista da Capitania do Rio Grande (atual estado brasileiro do Rio Grande do Norte) - que fora invadida pelos franceses - onde ele viria a fundar a cidade de Natal (1599). Por conta desse feito, foi-lhe atribuído o título de fidalgo.

Em 9 de janeiro de 1603, foi nomeado Capitão-mor do Rio Grande, em substituição a João Rodrigues Colaço, que o antecedera no cargo. No ano seguinte, concedeu uma sesmaria de 5.000 braças em quadra, aos seus filhos Matias e Antônio de Albuquerque,[1] em cujas terras logo foi instalado o engenho de cana de Cunhaú, que se tornaria o mais importante núcleo econômico da Capitania.

Em 17 de junho de 1614, foi nomeado "capitão da conquista do Maranhão", região que então se achava sob o domínio dos franceses, que nela haviam erigido o forte São Luís e instalado uma colônia - a França Equinocial.

Em reconhecimento aos seus relevantes serviços, Jerônimo de Albuquerque foi nomeado capitão-mor da Capitania do Maranhão, cargo que exerceu por dois anos (1616 a 1618), até sua morte, sendo sucedido por seu filho, Antônio de Albuquerque Maranhão.

Onde morreu Jerônimo ?

Por algum tempo, pairaram dúvidas sobre o local da morte do guerreiro. Enquanto o Barão do Rio Branco, em seu livro, "Efemérides Brasileiras", afirmava que Jerônimo falecera no dia 11 de fevereiro de 1618, em São Luis do Maranhão, Borges da Fonseca, em "Nobiliarquia Pernambucana", sustentava que ele morrera no Engenho Cunhaú, no Rio Grande do Norte.

“A dúvida persistiu até a descoberta de uma antiga pedra tumular, medindo cerca de 1,24 x 0,69m, localizada no piso da Capela do Engenho, ao pé do retábulo. Bastante desgastada pelo tempo, a pedra contem uma inscrição, quase apagada, mas onde ainda é possível ler: QUIJA O DADO JNIMODE ALBUQ.MARANHÃO (Aqui jaz o fundador, Jerônimo de Albuquerque Maranhão),” ressaltou o conferencista.

Atualmente, Jerônimo Albuquerque Maranhão é nome de diversas ruas e avenidas em cidades brasileiras, inclusive em São Luís, nomeando uma das principais da cidade.








quarta-feira, 21 de fevereiro de 2018

IHGM realizará conferência sobre os 400 anos da morte de Jerônimo de Albuquerque Maranhão




Do Blog do Aldy Dantas


O Instituto Histórico e Geográfico do Maranhão realizará nesta sexta-feira (23), mais uma importante conferência e mesa redonda. Dentro da sua programação de colocar ao alcance de professores, historiadores, estudantes e às pessoas que através do conhecimento procuram aumentar os seus cabedais de conhecimentos, o IHGM colocará no centro de uma ampla palestra seguida por debates com a participação de membros do Instituto Histórico e Geográfico do Maranhão, o importante tema: Os 400 Anos da Morte de Jerônimo de Albuquerque Maranhão.

 Fator importante para a grandeza da conferência e mesa redonda reside na participação especial dos historiadores e pesquisadores Paulo Maranhão, Lourdes Lacroix, Euges Lima e José Almeida. O evento é aberto a interessados, com observância a professores e estudantes e terá inicio às 15 horas desta sexta-feira na sede da IHGM a rua de Santa Rita, 230, Centro.

O conferencista Paulo de Albuquerque Maranhão, do Rio de Janeiro é o nono neto de Jerônimo de Albuquerque do Maranhão, o que sem dúvidas é mais uma motivação para a grande e importante iniciativa cultural do Instituto Histórico e Geográfico do Maranhão.



domingo, 18 de fevereiro de 2018

Professora Ana Lívia Bomfim toma posse no IHGM




São Luís – No último dia 16(sexta), às 19h, no auditório Ribamar Seguins, na sede do Instituto Histórico e Geográfico do Maranhão (IHGM), tomou posse como sócia efetiva, na Cadeira de n.º 04, patrocinada pelo colonizador português de São Luís do século XVII, Simão Estácio da Silveira, a professora Dra. de história da Universidade Estadual do Maranhão (UEMA), Ana Lívia Bomfim Vieira.


A solenidade de posse começou com a declaração de abertura da Assembleia pelo presidente da entidade, professor Euges Lima. A apresentação e recepção da empossanda foi feita pelo sócio, diretor, historiador e escritor Antônio Guimarães de Oliveira, que fez a indicação do nome da professora.


A nova sócia, depois de ter cumprido todos os ritos de posse, como leitura do compromisso da instituição, recebimento do Diploma e do colar com as insígnias da sociedade, quando finalmente, já na condição de sócia efetiva, proferiu o seu discurso de posse sobre a biografia e importância da obra e trajetória do seu patrono para história do Maranhão, assim como destacou os seus antecessores na cadeira. Ressaltou ainda, a honra e a felicidade em estar ocupando naquela noite uma cadeira em tão tradicional e prestigiosa instituição, tão cara para história e cultura maranhense.

A solenidade contou com muitos convidados, familiares, sócios, professores da UEMA, além de representantes e Grão-mestres de várias Lojas Maçônicas do Maranhão, que foram prestigiar o evento.

Perfil da nova sócia

Profa. Ana Lívia recebe o Diploma das mãos do Presidente

Ana Lívia Bomfim é natural do Rio de Janeiro, mas reside há onze anos em São Luís, possui graduação em História pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (1996), mestrado em História Social pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (1999) e doutorado em História Social pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (2005), tendo realizado doutorado Sanduíche pela Université de Liège - Bélgica e duas estadias como pesquisadora na École Française d'Athènes - Grécia.

Realizou também uma estadia como pesquisadora no Musèe D'Archéologie de Bruxelas. É professora de História Antiga na Universidade Estadual do Maranhão - UEMA e coordena o grupo de pesquisa em História Antiga e Medieval "Mnemosine - Laboratório de História Antiga e Medieval" da UEMA.


Organiza bianualmente o Encontro Internacional de História Antiga e Medieval do Maranhão. Participa como pesquisadora do grupo de pesquisa "Imagens, representações e cerâmica antiga" da UFF. Tem experiência na área de História, Arqueologia Clássica e Antropologia com ênfase em Historia Antiga Grega.

Patrono


Simão Estácio da Silveira foi um dos pioneiros da colonização portuguesa no Maranhão, comandou a chegada, em 1619, de duzentos casais de açorianos. Era de origem açoriana. Foi o fundador e primeiro presidente da Câmara de São Luís.

Escreveu a obra "Relação Sumária das Cousas do Maranhão", publicada em 1624 em Lisboa, com o propósito de atrair colonos portugueses para a região. Simão Estácio da Silveira é o patrono da Câmara Municipal de São Luís, havendo em sua homenagem medalha de mérito municipal do mesmo nome.