quinta-feira, 19 de julho de 2012

Presidente Telma Bonifácio é entrevistada pelo JP


Profa. Dra. Telma Bonifácio, pres. do IHGM
Do Blog do Manoel Santos

Com votação unânime e em chapa única, a professora Telma Bonifácio dos Santos Reinaldo foi reeleita, na semana passada, presidente do Instituto Histórico e Geográfico do Maranhão. A eleição aconteceu no auditório do IHGM, na Rua de Santa Rita, onde os integrantes da entidade elegeram também os demais membros da nova diretoria, que comandará os rumos do IHGM pelos próximos dois anos (2012-2014). A posse está prevista para o próximo dia 1.º de agosto.

Em entrevista ao Jornal Pequeno, a professora Telma Bonifácio fala sobre o desafio de dar continuidade ao compromisso que assumiu de renovar o IHGM, entidade que no próximo mês de novembro completará 87 anos de fundação. Eis a entrevista concedida pela presidente do IHGM:

Jornal Pequeno – Qual sua avaliação do trabalho realizado nestes dois anos, à frente do IHGM?
Telma Bonifácio – O trabalho realizado por esta Diretoria na Gestão Padre Antônio Vieira, que é o meu patrono na Cadeira nº 6, no biênio 2010-2012 foi um dos mais profícuos visto que com os demais integrantes dessa gestão, com destaque para nosso vice-presidente, professor Leopoldo Gil Dulcio Vaz, fomos incansáveis na busca de nossos objetivos visando a melhoria interna e externa do IHGM.
Vale frisar o aumento do nosso acervo, publicações, visibilidade, climatização dos ambientes, complementação das cadeiras ainda vagas, algumas nunca antes ocupadas, e se iniciamos com 40 sócios encerramos com 54 e mais 6 candidatos aprovados para tomarem posse nos próximos meses de agosto e setembro próximo; assim avaliação 10!
JP – Os pontos elencados em seu plano de trabalho foram integralmente atingidos?
Telma Bonifácio – Sim 70%, enquanto 30% não foram alcançados por motivos externos à nossa vontade, mas estão em processamento de conclusão.
JP – Que projetos e parcerias com o IHGM cabe ressaltar?
Telma Bonifácio – Tivemos nesses dois anos diversas parcerias importantes, tais como com a UFMA na pessoa do Dr. Natalino Salgado Filho (magnífico reitor), com o Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Maranhão (Sinproesemma), destaque para seu presidente, professor Júlio Pinheiro que sempre nos prestigiou, com o Sindeducação e sua presidente professora Lindalva, com o ISEC e seu diretor de Pós-Graduação, professor Gustavo, com o Colégio Dom Bosco /UNDB e sua diretora professora, Elisabeth Rodrigues.
Parceria importante também com o Museu Casa de Alcântara e o professor Daniel Rincón e com outras instituições maranhenses que se não os cito por falta de espaço mas os mesmos somaram conosco esforços no sentido da divulgação e preservação da memória maranhense.
JP – E quanto aos projetos?
Telma Bonifácio – Quanto aos projetos, tivemos eventos importantes como os Seminários de Debates sobre os 400 anos de São Luís, as homenagens a Gonçalves Dias, as palestras mensais dos nossos sócios e convidados sobre assuntos diversos.

JP – Qual a importância dos seminários e “Ciclo dos 400 anos de São Luís”?
Telma Bonifácio – Os Seminários 400 anos foram pioneiros na discussão, debates e conclusões acadêmicas sobre a fundação de São Luís, conseguiram sensibilizar as universidades, que foram representadas por muitos docentes e discentes com trabalhos de valor inusitado sobre a história do nosso estado.
E também sensibilizaram a sociedade civil, as autoridades e as famílias maranhenses que nos prestigiaram com suas presenças nas datas previstas num total de 6 encontros no Palácio Cristo Rei, gentilmente cedido pelo reitor da UFMA, Dr. Natalino Salgado, nosso confrade e sua curadora, a professora Clores Holanda, também nossa confreira.
JP – De fato aconteceu uma renovação nos quadros da entidade?
Telma Bonifácio – Devo dizer que a renovação, no bom sentido, se deu em virtude de termos dado posse a muitas pessoas com faixa etária mais baixa do que os integrantes já em exercício, fato que por nós é visto como necessário.
A nossa permanência é vitalícia, corremos o risco de termos uma grande parcela de sócios com idade avançada e que não podem mais contribuir como antes nas atividades rotineiras do instituto, na medida em que o tempo se encarrega de nos tirar o vigor da juventude, assim precisamos de confrades e confreiras mais jovens para levar a frente através dos tempos esse compromisso com a historia, a geografia e áreas afins em nosso Estado.
Temos 60 cadeiras sendo 54 ocupadas e 6 a serem ocupadas mas com empossandos já definidos em Assembleia, somente aguardando o dia da posse, que como disse antes será em agosto e setembro deste ano.
JP – Há hoje em dia uma procura maior do IHGM por parte de estudantes e pesquisadores?
Telma Bonifácio – Há e é raro o dia em que não somos procurados por estudantes de graduação, pós graduação lato-sensu e strito-sensu, além de pesquisadores diletantes da história maranhense. Nessa gestão tivemos apresentação de monografias de graduação, dissertação de mestrado e de doutorado com ênfase na historia do IHGM e seus fundadores históricos.
Além disso, recebemos correspondências de outros estados do Brasil e até internacionais pedindo informações sobre a historia local. Tudo isso acreditamos ser resultante de nosso trabalho de lutar para que o IHGM seja conhecido através de nossa revista on-line organizada pelo nosso vice-presidente, professor Leopoldo, da divulgação feita pelo nosso confrade Manoel dos Santos Neto, nosso diretor de Divulgação através do Jornal Pequeno e de outros jornais locais, de nosso Blog (http://ihgm1.blogspot.com) alimentado pelo confrade e agora na nova gestão vice-presidente, professor  Euges Lima e por outros meios de informação e comunicação.
JP – E em relação às publicações e à produção intelectual dos membros do IHGM?
Telma Bonifácio – Nossas publicações são trimestrais, e lançamos religiosamente todos os números no final de cada trimestre com trabalhos produzidos pelos sócios, além dos discursos de posse e apresentação do empossando, trabalhos diversos de nossos sócios.
Nossa revista on-line é qualidade nota 10, e nessa gestão tivemos o compromisso de garantir mensalmente uma palestra de algum dos sócios interessado, para tanto organizamos um calendário de palestras  uma vez por mês e depois as publicamos na revista que tem publico garantido para leituras, pesquisas e fontes de referencia para trabalhos escolares e acadêmicos. Temos também lançamentos de livros de nossos sócios que publicam constantemente sobre a historia maranhense.
JP – Estas ferramentas novas – como a revista eletrônica e o blog da instituição – tem contribuído para dar maior visibilidade ao IHGM?
Telma Bonifácio – O uso das Tecnologias da Informação e da Comunicação – TIC, é uma realidade no mundo atual, assim sendo o IHGM não poderia ficar omisso a essa inovação tecnológica, tanto é que temos a revista e o blog e quicá no futuro um site para ampliar as possibilidades de informar e ser conhecido pelo mundo, estas formas de comunicação são determinantes para nos fazer conhecer e respeitar nosso trabalho de guardar, pesquisar e produção da historia maranhense.
 JP – Por que a sua decisão de pleitear mais um mandato à frente do Instituto?
Telma Bonifácio – Acredito que tenhamos feito o que foi possível nesta gestão que se finda e temos certeza que muita coisa ainda está por fazer, assim pleiteamos um novo mandato para fazer mais um pouco por este sodalício que para nós é o único guardião da memoria e da historia do Brasil e do Maranhão com raízes bicentenarias visto que o IHGB foi fundado pelo Imperador D. Pedro II e é de lá as origens do IHGM, que hoje conta com 86 anos de fundação pelos seus fundadores históricos tendo a frente Antonio Lopes.
JP – Quais serão os principais desafios da nova diretoria?
Telma Bonifácio – Em principio cumprir os 30% não cumpridos na gestão que se finda e alcançar melhorias estruturais e literárias que é nosso compromisso com a sociedade maranhense.
Aproveito a oportunidade dada por este veiculo de comunicação para parabenizar meus pares pelo trabalho desenvolvido e convido-os a juntarem-se a nós nesse novo ciclo que se iniciará a 28 de julho próximo, inicio da 2ª fase da Diretoria Pe. Antonio Vieira.

quarta-feira, 18 de julho de 2012

Nazista mais procurado do mundo é encontrado


Laszlo Csatary, de 97 anos. Foto: The Sun
O criminoso nazista mais procurado do mundo, Laszlo Csatary, de 97 anos - acusado de cumplicidade na morte de 15.700 judeus durante a Segunda Guerra Mundial - foi encontrado em Budapeste, na Hungria. O anúncio foi feito neste domingo pelo diretor do escritório do Centro Wiesenthal em Israel.

- Confirmo que Laszlo Csatary foi identificado em Budapeste - declarou Efraim Zuroff. - O jornal “The Sun” pôde fotografá-lo e filmá-lo graças às informações que fornecemos em setembro de 2011 - acrescentou.

Em 1944, Csatary foi comandante da Polícia Real na cidade de Kassa, na Hungria. A cargo de um gueto judeu, ele ajudou a organizar a deportação de cerca de 15.700 pessoas para Auschwitz. Segundo documentos descobertos pelo Centro Simon Wiesenthal, no campo de concentração, ele batia em mulheres com um chicote que carregava em seu cinto e as obrigava a cavar valas no chão congelado com as próprias mãos.

Após a vitória dos Aliados, Csatary fugiu para Kassa - agora rebatizada de Kosice, na Eslováquia. O comandante foi condenado à morte à revelia em 1948, por um tribunal tcheco, mas desapareceu misteriosamente após se esconder nas cidades canadenses de Montreal e Toronto. Com uma identidade falsa, dedicou-se a comercializar objetos de arte.

Jornal acha idoso em apartamento na Hungria

De acordo com uma reportagem exclusiva do tabloide “The Sun”, publicada neste domingo, Csatary vive em um apartamento de dois quartos em um bairro de Budapeste e fala Inglês com um sotaque canadense, depois de décadas vivendo em Montreal e Toronto. Ele abriu a porta apenas de meias e cuecas.

Quando perguntado se poderia justificar o passado, o idoso pareceu chocado e balbuciou “Não, não. Vá embora”. Questionado sobre o caso de deportação do Canadá, ele respondeu com raiva em inglês que não queria discutir o assunto.

Após expulsar a equipe de reportagem, Csatary deixou seu apartamento vestido elegantemente com calças cáqui, camisa e jaqueta cinza e branca, e tomou um bonde para um shopping próximo. Ele entrou em lojas e comprou um jornal de direita em um quiosque. Depois, passou quase duas horas conversando com uma amiga ruiva.

Ele se mudou para seu apartamento há algumas semanas, a pouco mais de um quilômetro da casa anterior, onde os vizinhos o chamavam de “Papa Csatary”. No novo lar, sua campainha é identificada como “Smith“. Mas por trás de uma porta de segurança, sua caixa de correio tem seu nome completo escrito à mão: “Smith L Csatary“.

Após ler a reportagem, Efraim Zuroff, diretor do Centro Wiesenthal, disse que o tempo nunca deve diminuir os crimes cometidos durante o Holocausto - ou desculpar os responsáveis ​​de encarar a punição. De acordo com Peter Feldmajer, presidente da Comunidade judia húngara “milhares de famílias judias sentiram tristeza e mágoa por causa deste homem”.

- Seria uma desgraça para toda a nação húngara se Csatary tentasse escapar da justiça.

Topo da lista dos mais procurados

Em abril, o Centro Wiesenthal colocou o nazista no topo da lista dos criminosos de guerra mais procurados do mundo. Há cerca de 15 anos, autoridades canadenses descobriram a verdadeira identidade de Csatary, e, por isso, ele voltou a desaparecer, desta vez escondendo-se na Hungria, segundo Zuroff, diretor do centro.

As informações sobre o paradeiro de Csatary foram enviadas em setembro de 2011 à promotoria da capital húngara. O vice-procurador de Budapeste, Jenö Varga, não confirmou a informação, limitando-se a declarar que “existe uma investigação em andamento”.

- Há 10 meses, um informante nos deu elementos que nos permitiram localizar Laszlo Csatary em Budapeste. Este informante recebeu US$ 25 mil em troca de informações que permitissem encontrar criminosos nazistas - disse Zuroff.