sábado, 25 de novembro de 2017

Desembargador Cleones Cunha toma posse no IHGM



Presidente Euges Lima faz a entrega do Diploma ao Des. Cleones Cunha
São Luís – Ontem (24) à noite na sede da Associação dos Magistrados do Maranhão, no Calhau, em Sessão Solene, tomou posse no Instituto Histórico e Geográfico do Maranhão (IHGM), o Presidente do Tribunal de Justiça do Maranhão, o Desembargador Cleones Carvalho Cunha, na Cadeira de N.º 25, patroneada por Celso Magalhães.

A Assembleia Extraordinária de posse foi aberta pelo presidente do IHGM, professor Euges Lima, a apresentação do empossando foi feita pela sócia do IHGM e escritora Ana Luiza Almeida Ferro que discorreu sobre a biografia do Desembargador Cleones e sua produção acadêmica.

Após proferir o juramento da Casa e receber o colocar com as insígnias da agremiação o presidente do Instituto Histórico deu posse ao desembargador Cleones Cunha que já na condição de sócio efetivo, fez o elogio ao seu patrono, Celso Magalhães.

Celso Magalhães, patrono da Cadeira de n.º 25

Celso Magalhães
Celso Tertuliano da Cunha Magalhães (Viana - Maranhão, 11 de novembro de 1849, 9 de junho de 1879), conhecido como Celso de Magalhães, foi um escritor brasileiro e o pioneiro do estudo do folclore no Brasil, adotando uma metodologia que lançou as bases do folclorismo nacional. Seu trabalho focou especialmente a poesia popular, mas ele incursionou por outras áreas como o teatro, a poesia, a ficção e a crítica.

Começou sua carreira de folclorista produzindo artigos sobre a tradição oral de origem portuguesa quando ainda era estudante de Direito, que foram publicados em 1873 sob o título A poesia popular brasileira no jornal acadêmico O Trabalho, de Recife, versando sobre uma multiplicidade de temas do folclore. Os dez artigos foram republicados em outros jornais e o autor tinha planos de reuní-los em um livro, mas os manuscritos se perderam e com eles significativa quantidade de material inédito igualmente desapareceu.

O seu primeiro trabalho ficcional foi a novela Ela por ela, que apareceu no jornal O País em 1870, à qual se seguiram outras obras de ficção, como o romance Um estudo de temperamento (1870) e a novela Pelo Correio (1873). No campo do teatro deixou um esboço incompleto intitulado O Processo Valadares (1873) e o drama perdido O Padre Estanislau, além de prefácios para peças alheias e coletâneas de crônicas teatrais.

Em 1876, como promotor público, denunciou e levou a júri a futura Baronesa de São Bento, D. Anna Rosa Vianna Ribeiro, esposa do influente político e médico Dr. Carlos Ribeiro. Acusada pelo crime de homicídio, executado a seu mando, e que vitimara um pequeno escravo de nome Inocêncio. "Celso Magalhães requereu ainda sua prisão provisória, fazendo com que a ilustre senhora permanecesse encarcerada até o julgamento, ocorrido em fevereiro de 1877". Devido o grande prestígio da ré, D. Anna Rosa foi absolvida. 

Perfil do novo sócio

Ana Luiza Ferro
Cleones Cunha é especialista em Direito Canônico, possuindo doutorado, sendo autor de livros sobre o tema, como o livro “Relações Igreja-Estado”. Nascido em 10 de fevereiro de 1958, em Tuntum, Maranhão, graduou-se bacharel em Direito pela Universidade Federal do Maranhão, em 1981. Foi professor do Colégio Santa Teresa, em São Luís (MA); subdiretor-geral da Secretaria do Tribunal de Justiça do Maranhão; chefe de gabinete da Presidência deste órgão e diretor da Corregedoria Geral da Justiça.

Aprovado em primeiro lugar em concurso do Ministério Público Estadual, foi promotor de Justiça da Comarca de Pindaré-Mirim, entre os anos de 1983 e 1984. Igualmente, logrou os primeiros lugares nos concursos para professor da Universidade Federal do Maranhão, em 1985 e, no ano seguinte, para o cargo de juiz de Direito.

Cleones Cunha faz o elogio ao patrono
Na magistratura, exerceu suas funções judicantes nas Comarcas de Vitorino Freire, São Bento, Coroatá e São Luís. Já na capital, foi assessor da Presidência e membro do TRE-MA. Naquela Corte Eleitoral, foi corregedor-regional Eleitoral, no período de 1993 a 1997. Em 1998, assumiu as funções de juiz corregedor da Corregedoria Geral da Justiça.

Foi promovido por merecimento para o cargo de desembargador em 10 de novembro de 1999. É Mestre em Direito Canônico pelo IPDC-RJ/Universidade Gregoriana, membro da Sociedade Brasileira de Canonistas e da Academia Maranhense de Letras Jurídicas. Bacharel em Teologia pelo Instituto de Estudos Superiores do Maranhão (IESMA)/ Faculdade Católica do Maranhão.

Exerceu, no Tribunal de Justiça do Maranhão, a função de supervisor-geral dos Juizados Especiais. Em fevereiro de 2005, assumiu a direção da Escola Superior da Magistratura do Maranhão, tendo a dirigido por quatro anos. Foi corregedor-geral da Justiça no biênio 2012/2013. É presidente do Tribunal de Justiça do Maranhão no biênio 2016/2017.


Membros do IHGM

segunda-feira, 20 de novembro de 2017

IHGM celebra 92 anos de fundação



Sócios reunidos em Assembleia  / acervo IHGM / s/d
São Luís – Hoje (20) à tarde, às 16 horas, o Instituto Histórico e Geográfico do Maranhão (IHGM) está comemorando 92 anos de fundação. Para celebrar a efeméride a direção do instituto estará realizando em sua sede uma Sessão Magna comemorativa.

O IHGM é uma das mais importantes e longevas instituições culturais do estado. Ao longo dessas mais de nove décadas, sempre assumiu um papel de destaque na sociedade maranhense, foi um precursor na defesa da preservação do patrimônio histórico da cidade e do estado, um verdadeiro guardião da história e geografia do Maranhão. Pelos seus quadros passaram os grandes nomes da pesquisa, do magistério e da intelectualidade maranhense.

 É considerado a primeira instituição de pesquisa do Maranhão e foi fundado no dia 20 de novembro de 1925 por iniciativa de Antônio Lopes, primeiro com a denominação Instituto de História e Geografia do Maranhão, que depois passou a chamar-se Instituto Histórico e Geográfico do Maranhão (IHGM), cujo primeiro presidente foi o Dr. Justo Jansen Ferreira. O objetivo era criar uma sociedade científica que coordenasse os estudos e pesquisas nas áreas de história, geografia, etnografia, etnologia e arqueologia do Maranhão.


A inauguração ocorreu em 2 de dezembro, em Sessão Magna, no salão da Câmara Municipal de São Luís, realizada em homenagem ao Centenário de nascimento de Dom Pedro II. Os fundadores eram um grupo de 11 intelectuais, dos mais renomados, estudiosos da história e geografia do Maranhão. Entre eles estavam: Antônio Lopes da Cunha, Justo Jansen Ferreira, José Ribeiro do Amaral, Domingos de Castro Perdigão, Wilson da Silva Soares, Benedito de Barros e Vasconcellos, Pe. Arias Cruz, Pe. José Ferreira Gomes, José Pedro Ribeiro e José Eduardo de Abranches Moura.