sexta-feira, 13 de julho de 2012

Eleita nova diretoria do IHGM


Arno Wehling, Euges Lima e Telma Bonifácio (Arquivo)

Dia 11, por unanimidade e em chapa única, foi eleita a nova diretoria do IHGM que comandará os rumos da entidade nos próximos dois anos. A chapa tem como presidente reeleita a professora Dra. Telma Bonifácio e vice presidente, o professor Euges Lima. A posse da nova diretoria está prevista para o próximo dia primeiro de agosto.

Após a proclamação do resultado do pleito, a professora Telma Bonifácio proferiu um discurso emocionado, reafirmando seu compromisso em dar continuidade ao trabalho de renovação que vem imprimindo a frente do IHGM, que é uma instituição que no próximo mês de novembro completará 87 anos de fundação.


A diretoria do IHGM é formada pelos cargos de presidente, vice-presidente, 1.º secretário, 2.º  secretário, 1.º tesoureiro, 2.º tesoureiro, diretor de Patrimônio e diretor de Serviço de Divulgação, além de um Conselho Fiscal composto por  três titulares e três suplentes. Abaixo, a lista completa dos componentes da nova diretoria, eleita para o biênio 2012 – 2014:


DIRETORIA

Presidente: Telma Bonifácio dos Santos Reinaldo

Vice Presidente: Euges Silva de Lima
1ª.  Secretaria: Clores Holanda da Silva
2º.  Secretario: Antonio José Noberto da Silva
1º. Tesoureiro: Dilercy Aragão Adler
2º. Tesoureiro: Aymoré de Castro Alvim
Diretor de Patrimônio: Álvaro Urubatan Melo
Diretor de Divulgação: Manoel Santos Neto
 Conselho Fiscal

Titulares : Raul Eduardo de Canedo Vieira da Silva
                  Maria Esterlina Melo Pereira
                  José Ribamar Fernandes
Suplentes: Paulo Sérgio Castro
                    Osvaldo Pereira Rocha Pereira
                    Iva Souza da Silva

terça-feira, 10 de julho de 2012

Amanhã, eleição no IHGM


Amanhã, dia 11 de julho, das 14h às 17:30, será realizada a eleição da nova diretoria do Instituto Histórico e Geográfico do Maranhão – IHGM, que comandará os rumos da agremiação pelos próximos dois anos (2012 - 2014) . 

A votação ocorrerá no auditório da entidade. Poderá votar todos os sócios quites com suas obrigações financeiras. A posse está prevista para o dia 1.º de agosto.

CHAPA:  Pe. ANTONIO VIEIRA

DIRETORIA
Presidente: Telma Bonifácio dos Santos Reinaldo
Vice Presidente: Euges Silva de Lima
1ª.  Secretaria: Clores Holanda da Silva
2º.  Secretario: Antonio José Noberto da Silva
1º. Tesoureiro: Dilercy Aragão Adler
2º. Tesoureiro: Aymoré Castro Alvim
Diretor de Patrimônio: Álvaro Urubatan Melo
Diretor de Divulgação: Manoel Santos Neto

Conselho Fiscal
Titulares : Raul Eduardo de Canedo Vieira da Silva
                   Maria Esterlina Melo Pereira -1322o Gil Du
                   José Ribamar Fernandes

Suplentes: Paulo Sérgio Castro
                     Osvaldo Pereira Rocha Pereira
                     Iva Souza da Silva

segunda-feira, 9 de julho de 2012

AS ESTEARIAS DO ENCANTADO


               Por Aymoré Alvim*                                                                         


O Encantado é uma povoação próxima à cidade de Pinheiro. Fica situada, à margem esquerda do rio Pericumã, na parte leste dos campos que contornam quase todo o município.

Segundo o acadêmico e pesquisador Francisco José de Castro Gomes, tal denominação é devida à escavação de um poço cuja profundidade chegou a tal ponto que os trabalhadores ouviram galo cantar do outro lado do mundo. Apavorados, abandonaram o serviço e a lenda se espalhou pela região.

Mas a importância do Encantado não se prende apenas às estórias da sua origem.

Segundo revela Estevão Pinto, o Encantado e outras localidades da Baixada Maranhense, situados, às margens de seus rios e lagos, foram sedes de habitações lacustres ou palafitas, erguidas sobre esteios (estearias), cujas ruínas são registros da existência de primitivas comunidades que habitaram a região.

As primeiras referências a esses vestígios habitacionais, situados no Lago Cajari, foram feitas pelo Cel. Bernardino Pereira Lago, nas páginas do “Itinerário da Província do Maranhão”.

Posteriormente, em fins do século dezenove, o escritor Celso Magalhães, em visita á região dos lagos de Viana, observou muitas pontas de esteios, estrategicamente, distribuídos, nas proximidades desses lagos, mas, sem maiores detalhes, os atribuiu a crendices populares.

Foi somente, na década de 1920, que o pesquisador e historiador Raimundo Lopes deu início aos pioneiros estudos de pesquisa desses sítios arqueológicos da Baixada Maranhense.

Uma seca, ocorrida àquela época, lhe propiciou a observação, no Lago Cajari, de uma vasta área de, aproximadamente, dois quilômetros, em algumas direções, pontilhada de milhares de esteios que lhe deram a idéia de uma floresta morta. As análises, no material lítico, na qualidade da madeira dos esteios e na cerâmica ali encontrados, levaram-no à conclusão da existência de um povo bastante numeroso que, em épocas pré-históricas, vivia dentro de uma estrutura social bem organizada.

Outros sítios, embora não muito bem estudados como o do Lago Cajari, foram encontrados por Raimundo Lopes. E, dentre esses, estão as estearias do Encantado.

O grande problema dos pesquisadores, não obstante todo o material até então recolhido, é a elucidação da origem dos seus construtores e habitantes.

Nesse mister, muito trabalhou o médico e arqueólogo Olavo Corrêa Lima. No trabalho que publicou, na Revista Nº 09, de junho de 1985, do Instituto Histórico e Geográfico do Maranhão, sobre o Homo sapiens stearensis, procurou traçar um perfil dos primitivos habitantes da região que, atualmente, compreende a Baixada do Maranhão.

Fixando a idade dessas estearias entre 7 e 3 mil anos a.C., desenvolveu a sua hipótese baseado na coincidência da chegada dos ameríndios ao território maranhense que, segundo estudos de Canall-Pompeu Toledo, ocorreu através de três correntes migratórias: Lácidas, Nordéstidas e Brasílidas.

Analisando as características de cada uma, sua distribuição e suas aptidões, o prof. Correia Lima destacou o grupo Nu-uraques da corrente Brasílidas como o responsável pela construção das palafitas. Esse grupo ocupou grande parte da região do Estado, principalmente, da Baixada. Vivia à beira dos seus rios e lagos sendo os seus membros, talvez por isso, exímios navegadores. Cultivavam o milho, a mandioca, o tabaco e outros cultivares. Eram excelentes oleiros e costumavam fazer palafitas para fugirem das periódicas enchentes da região.

Desta forma, quando comparados aos membros dos outros grupos que também se distribuíram pelo Maranhão, o Prof. Correia Lima encontrou fortes indícios para sustentar que os construtores dessas estearias foram mesmo os Nu-uraques e, por conseguinte, os mais importantes habitantes da Baixada Maranhense e os criadores das estearias do Encantado. Logo, foram eles os primeiros moradores da  região onde se encontra o município Pinheiro.

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* Professor da UFMA aposentado e Diretor do IHGM.
Texto publicado anteriormente no Blog Pinheiro em Pauta.     http://pinheiroempauta.blogspot.com.br/2012/06/as-esteariasdo-encantado-acad.html