sexta-feira, 27 de abril de 2012

3.º CICLO DO IHGM

Dia 25, a partir das 8h, teve início o terceiro Ciclo de Palestras que o IHGM vem realizando desde julho de 2011, como parte das comemorações dos quatrocentos anos de São Luís. Com o título "A Cidade do Maranhão: uma história de 400 anos", o terceiro cíclo teve como temática principal, o período republicano da história do Maranhão, dando ênfase, as oligarquias do Estado.
A palestra magna  foi proferida pelo membro do IHGM, Dr. Márcio Coutinho, que fez uma exposição sobre "A República", desde seus primórdios, na Antiguidade Clássica até a  Nova República, no Governo Sarney (1985-1990). Abordou todas as fases da Republica  no Brasil, até a contemporaneidade. Estabeleceu relações entre o contexto nacional e o contexto regional do Maranhão.
Fez observações sobre o Vitorinismo e o "Maranhão Novo" , governo de Sarney no Estado do Maranhão(1965 - 1970), assim como estabeleceu diferenças entre o modo de conduzir a política regional, destes dois líderes oligárquicos.
Ainda pela manhã, houve a participação de alunos do Curso de História da UFMA, que fizeram comunicações sobre suas pesquisas acadêmicas e monografias, abordando o contexto político do Maranhão até a década de 1930. No período da tarde, o seminário continuou com mais comunicações e exposição de pôsteres.

quinta-feira, 26 de abril de 2012

Ex-Reitor da UFMA assumirá cadeira no IHGM

O  Ex-Reitor da Universidade Federal do Maranhão - UFMA, professor Aldy Mello de Araújo, toma posse amanhã(27), no IHGM, ocupando a cadeira de n.° 45, patroneada por Manuel Nogueira da Silva.

Aldy Mello foi Reitor da UFMA de 1992 a 1996. Autor de "Uma versão preliminar da Edução Superior (2010). Publicou recentemente, o livro "Universidade Esquecida", onde conta a história da Universidade Federal do Maranhão durante sua gestão.

O local da posse será no auditório dos colegiados superior, no Palácio Cristo Rei, em frente a praça Gonçalves Dias. O horário será às 19 horas.

terça-feira, 24 de abril de 2012



Seminário do IHGM discutirá sobre o domínio 
das oligarquias no Maranhão


Entrevista concedida ao Jornalista Waldemar Terr do Jornal Pequeno

O Instituto Histórico e Geográfico do Maranhão (IHGM) realizará, na próxima quarta-feira (25), o terceiro seminário da série que vem realizando para discutir a fundação do Maranhão e de São Luís, por conta do 4º centenário da capital maranhense. Nesta nova etapa será tratado o tema “Maranhão Republicano – as oligarquias”.
O vice-presidente do IHGM e um dos organizadores do evento, Leopoldo Gil Dulcio Vaz, conta que haverá uma série de palestras, com destaque para a do professor Márcio Coutinho, que tratará justamente do Maranhão Republicado – as oligarquias.
“Este é o terceiro seminário; já discutimos a chegada dos europeus – período colonial -, o período imperial, e agora chegou a hora de discussões sobre a República, a era das Oligarquias. Este é o destaque: por que nesse período republicano a ‘forma de governo’, vamos dizer assim, foi a oligárquica. Está dividida em três períodos: República Velha – da Proclamação da República até a Revolução de 30; o período de 30 até meados dos anos 60, com Paulo Ramos e Vitorino Freire; e o atual, do Maranhão Novo ao Novo Maranhão”, informa o vice-presidente do IHGM.
Vaz afirma também que “o que caracteriza este período da História é que todo ele teve um personagem forte, vamos dizer assim, o ‘macho dominante’, que ditou os rumos político-administrativos do Estado, influenciando no Governo e, principalmente, na Governabilidade”. Eis a entrevista concedida a Waldemar Terr:
JORNAL PEQUENO – O que levou o IHGM a partir para a realização dos seminários sobre a Fundação do Maranhão e de São Luís?
LEOPOLDO GIL DULCIO VAZ – O momento das comemorações do 4º centenário de São Luís. Havia uma cobrança de que nada estava sendo organizado, principalmente pelos entes devotados ao estudo da memória/história do Maranhão. Daí que ainda em 2010, em dezembro, foi constituída uma comissão formada pelo Washington Cantanhede, Raimundo Meireles, Telma Bonifácio, e eu para apresentar uma proposta de ação do IHGM. O resultado foi o Ciclo de Estudos e Debates, com a realização de seis Seminários.
JP – O que merece ser destacado nesse período?
LGDV – Este é o terceiro seminário; já discutimos a chegada dos europeus – período colonial –, o período imperial, e agora chegou a hora de discussões sobre a República, a era das Oligarquias. Este é o destaque: por que nesse período republicano a ‘forma de governo’, vamos dizer assim, foi a oligárquica. Está dividida em três períodos: republica velha – da proclamação da republica até a revolução de 30; o período de 30 até meados dos anos 60, com Paulo Ramos e Vitorino freire; e o atual, do Maranhão Novo ao Novo Maranhão.
JP – Quais os tipos e importâncias dos trabalhos já inscritos; e como se dará a apresentação?
LGDV – Temos quatro momentos, sendo uma conferência magna, introdutora do tema – e o deste seminário é o período republicano – e a seguir uma mesa de debates, com três expositores, cada um abordando cada período em que dividimos essa fase de nossa história, seguida de um debate entre os quatro e o plenário; os outros dois são dedicados a professores-pesquisadores, e acadêmicos das várias ciências que constituem a área das ‘sociais’, também em dois formatos: apresentação oral e poster.
JP – Qual o motivo de ter sido adotado como um dos temas, “Maranhão Republicano – as oligarquias”?
LGDV – Porque o que caracteriza esse período da História é que todo ele teve um personagem forte, vamos dizer assim, o ‘macho dominante’, que ditou os rumos político-administrativos do Estado, influenciando no Governo e, principalmente, na Governabilidade. Basta ver a sucessão de crises desse período…
JP – Quais os principais palestrantes, com seus devidos temas, e outros convidados para o evento?
 LGDV – No primeiro seminário tivemos um dos maiores especialistas brasileiro em Brasil Colônia, o presidente do IHGB Arno Wehling; no segundo, um dos expoentes do estudo da História no Maranhão, Marcelo Cheche Galves; e agora Márcio Coutinho.
 JP – Pode ser destacado mais um algum evento da agenda?
 LGDV – Sim, junto a este seminário, estamos dando continuidade ao projeto Gonçalves Dias, com a reunião dos participantes em seu segundo encontro de planejamento; ocorrerá no período da tarde e noite.
 JP – O que vem a ser Projeto Gonçalves Dias com a participação de várias entidades?
 LGDV – O desafio de realização do evento foi feito pela Confreira Dilercy Adler; poetisa, esteve no Chile participando de um evento em homenagem a Pablo Neruda; os poetas do mundo ali reunidos resolveram, então, replicar esse evento em diversos países da América Latina; daí que a Dra. Dilercy trouxe a ideia de homenagear nosso poeta maior: Gonçalves Dias, com uma antologia ‘MIL POEMAS PARA GONÇALVES DIAS’. Estamos empenhados na realização, além do IHGM, a FALMA, a Sociedade de Cultura Latina, o IHG de Caxias, a AL Caxias, a AML, a UFMA/Palácio Cristo Rei, UEMA/Caxias, UFMA/Caxias…
 JP – Na opinião do senhor, o que pode ser destacado na formação de São Luís nesses 400 anos?
 LGDV – Primeiro a discussão que se abriu: ser ela francesa ou não; daí que os temas dos próximos Seminários serem estes; São Luís foi fundada por franceses; não foi fundada por franceses; e foi fundada por quem? Conclusões possíveis. Esse o desafio lançado ao IHGM. Aproveitamos as discussões internas, quando da elaboração do programa, para discutir se foi ‘fundação’ do Maranhão, ou fundação de sua cidade; daí que há dois eixos: formação do Maranhão (seminários 1 a 3) e fundação de São Luís (seminários 4 a 6); possivelmente faremos um único evento, apenas mais um seminário, desta vez em três dias, com cada dia respondendo a uma questão destas que estão colocadas.
 JP – Qual o tamanho da culpa das oligarquias na pobre formação do Maranhão?
 LGDV – Primeiro, o Maranhão é maior de que seus dirigentes, tanto que sobreviveu e sobrevive; um povo culturalmente rico, com uma historia singular, mas que teve uma herança maldita; basta olhar para trás. Segundo, é um Estado rico, com um povo miserável, miséria causada pela incúria de seus dirigentes, ao longo desses quase quatrocentos anos. Tivemos alguns momentos de grandeza, logo apagados pela classe dirigente que aí foi mandada, e que ainda mantém essa herança cultural. Mas tem jeito. As eleições se aproximam mais uma vez, e sempre resta essa esperança.
 JP – É possível recolocar o Estado nos trilhos?
 LGDV – Sempre resta uma esperança…
 JP – Algo mais a acrescentar?
 LGDV – Só agradecer a divulgação que o jornal tem dado aos eventos do IHGM. Obrigado.