sábado, 19 de agosto de 2017

IHGM comemora Dia do historiador com palestra de Valdirene Ambiel



São Luís – Estará hoje em São Luís, às 18h, na Livraria Amei no São Luís Shopping para uma palestra e lançamento do livro “O Novo Grito do Ipiranga” a convite do Instituto Histórico e Geográfico do Maranhão (IHGM), a historiadora e arqueóloga paulistana, Valdirene Ambiel que realizou pesquisas arqueológicas inéditas nos restos mortais de D. Pedro I e nas imperatrizes D. Leopoldina e D. Amélia entre 2010 e 2013.

O evento faz parte da programação do IHGM em homenagem ao Dia do historiador(19 de agosto) e das Comemorações pelos seus 92 anos de fundação que será dia 20 de novembro próximo. 

Pela primeira vez foi realizado pesquisas nos restos mortais de D. Pedro I, o primeiro imperador brasileiro, além de suas duas mulheres, as imperatrizes Dona Leopoldina e Dona Amélia. A exumação fez parte do trabalho de mestrado da arqueóloga e historiadora Valdirene do Carmo Ambiel, que defendeu sua dissertação no Museu de Arqueologia e Etnologia da Universidade de São Paulo (USP).

As análises revelaram que D. Pedro I fraturou ao longo de sua vida quatro costelas do lado esquerdo, consequência de dois acidentes -- uma queda de cavalo e quebra de carruagem. Isso teria prejudicado um de seus pulmões e, consequentemente, agravado uma tuberculose que causou sua morte aos 36 anos, em 1834. Ele media entre 1,66 m e 1,73 m e foi enterrado com roupas de general.

A exumação dos restos mortais de Dona Leopoldina desmitifica a teoria de que a então imperatriz do Brasil teria fraturado o fêmur após Dom Pedro I tê-la empurrado de uma escada do palácio Quinta da Boa Vista, então residência da família real, localizada no Rio de Janeiro. No exame, não foram encontradas fraturas.

Em relação a segunda esposa de D. Pedro I, Dona Amélia, conforme noticia o "Estado", os pesquisadores se surpreenderam, pois a imperatriz foi mumificada e tinha partes do seu corpo preservados, como cabelos, unhas e cílios. Medalhas e comendas que foram enterradas com D. Pedro I foram recuperadas durante a análise.