sexta-feira, 3 de fevereiro de 2017

A RESTAURAÇÃO DOS CÓDICES DE ALCÂNTARA: provamos que o IHGM poderia fazer e está fazendo, a história do Maranhão agradece



Por Euges Lima*





Estivemos ontem à tarde (02/02/17), no Arquivo Público do Estado do Maranhão (APEM), verificando os trabalhos de restauração dos “Códices de Alcântara” - Três livros da Antiga Câmara dos séculos XVIII e XIX - Que estão sob a guarda do IHGM desde 1930, quando foram doados pelo historiador Antônio Lopes, então secretário Geral do Instituto.

Esses livros estavam bastante danificados e precisavam de restauração. Desde 2014, quando assumimos a presidência do IHGM, conseguimos restabelecer a guarda de tais documentos, que já havíamos perdido (2012), desfalcando assim severamente o nosso acervo de fontes primárias, já deficitário.

Foi proposta da nossa gestão César Marques, a restauração desses documentos (2014). Há dois anos, estávamos lutando para atingir esse objetivo, mas esbarrávamos nos custos financeiros para tal. Finalmente, ano passado, através de um Convênio Técnico-Científico com a Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação (Secti) e graças a sensibilidade e compromisso com a preservação da história do Maranhão do seu titular, o historiador Jhonatan Almada, isso está sendo possível.

A restauração está em estágio avançado de conclusão, sob a coordenação geral da Diretora do Arquivo, a historiadora Maria Helena Espínola, que tem dado total apoio e colaboração.






* Professor de história, historiador e Presidente do Instituto Histórico e Geográfico do Maranhão   (IHGM).




OS VÁRIOS PASSOS...

 


    




domingo, 29 de janeiro de 2017

IHGM inicia o ano cultural-acadêmico com palestra do filólogo Antônio Martins



São Luís - O professor Doutor em Letras Vernáculas (1986) pela Faculdade de Letras da Universidade Federal do Rio de Janeiro, docente aposentado da UFRJ, maranhense, natural de São Luís, radicado no Rio de janeiro, ministrou no último dia 10, às 18h, no auditório do IHGM, a palestra: os Empréstimos léxico-semânticos tupinambás aos falares do Noroeste do Maranhão, onde analisou vocábulos e expressões herdadas da língua tupi seiscentista dos Tupinambás do Maranhão, a partir das obras de Claude D’Abbeville e Ives D’evreux, nos falares da população maranhense do noroeste do Maranhão, quando da sua infância no povoado de São Bento de Guimarães.

Antônio Martins, em 1970, começou a lecionar Língua Portuguesa na graduação e, depois, na pós-graduação da Faculdade de Letras da Universidade Federal do Rio de Janeiro, onde orientou várias dissertações de mestrado. Era representante eleito do Centro de Letras e Artes (CLÃ) no Conselho Permanente de Pessoal Docente (CPPD), quando se aposentou em 1997.

“A minha palestra versou sobre os Empréstimos léxico-semânticos tupinambás aos falares do Noroeste do Maranhão”. Entre meus doze e dezessete anos de idade, eu costumava passar as férias escolares do Ginásio Maranhense, dos irmãos Maristas, tanto as do meio quanto as do final de ano, no povoado de São Bento de Guimarães, onde meu saudoso e severo pai Antônio José de Araújo era um próspero comerciante de secos e molhados.

Para escrever tal ensaio, apoiei-me nas obras setecentistas dos capuchinhos franceses Claude d’Abbeville e de Ives d’Evreux, bem como na excelente obra Poranduba Maranhense, do frei Francisco de Nossa Senhoras dos Prazeres, português natural de Évora, que tanto amou nossa santa terrinha, que adjudicou ao seu nome o topônimo Maranhão, como já o fizera antes o bravo comandante português Jerônimo de Albuquerque, que destroçou, na célebre batalha de Guaxenduba, as tropas do comandante La Ravardière, ‘sieur de la Touche. Certo de sua presença participativa que enriquecerá deveras minha apresentação, apresento-lhe minhas saudações acadêmicas."