sexta-feira, 28 de julho de 2017

APEM e IHGM fazem abertura de exposição sobre o 28 de julho



São Luís – Foi aberta ontem (27), às 16:30, no hall do Arquivo Público do Estado do Maranhão (Apem), na Rua de Nazaré, Centro Histórico de São Luís, em parceria com o Instituto Histórico e Geográfico do Maranhão (IHGM),  a exposição “28 de Julho, 194 anos da Independência do Maranhão: documentos e obras raras”. A exposição permanece aberta ao público até o dia 31 de agosto, de segunda a sexta-feira, das 8h30 às 18h.

A exposição reúne documentos manuscritos da época do processo de Independência do Maranhão, como o Auto da Câmara Geral do dia 28 de julho de 1823, considerado a Carta de Declaração da Independência do Maranhão, assinada pelas autoridades no Palácio do Governo, entre outros manuscritos importantes do período, como troca de correspondências oficiais e outros.

Além de documentos, está sendo exposto uma série de obras raras de primeiras edições, clássicos da historiografia sobre a temática, como “A história da Independência da Província do Maranhão” de autoria do Visconde Luiz Antônio Vieira da Silva de 1862 e as Narrativas e Memórias do Lord Cochrane de 1859, a primeira edição em português.

O objetivo é divulgar e socializar com o público em geral, pesquisadores e estudantes, informações sobre a história do Maranhão desse período, tão emblemático para o Brasil e em particular para o Maranhão, por meio de documentos e obras raras. 

O Maranhão foi a penúltima província brasileira a aceitar a independência política do Brasil a Portugal, e isso só ocorreu quase dez meses depois do Grito do Ipiranga em São Paulo no dia 22 de setembro de 1822, pois naquela época havia uma rica e influente colônia portuguesa residente no Maranhão que mantinha vínculos muito próximos a metrópole portuguesa e que portanto não tinha interesse no projeto de emancipação politica que estava se gestando a partir do Rio de Janeiro e São Paulo, daí a resistência dos portugueses do Maranhão em se manterem leais a Coroa portuguesa num primeiro momento, só "aderindo" por meio da força das armas, consolidada assim com a vinda do Lord Cochrane, que em decorrência da sua atuação aqui no Maranhão, depois recebe o título de Marquês do Maranhão de D. Pedro I.


A solenidade de abertura da exposição foi realizada pelos representantes dos dois órgãos, a historiadora Helena Espínola, chefe do Arquivo e o professor Euges Lima, presidente do IHGM, que este ano juntaram esforços para realizarem o evento. Estiveram presentes vários membros do IHGM, funcionários do Arquivo, pesquisadores, estudantes e interessados. Registrou-se também a presença do sr. Ferreira da Silva, presidente do Instituto Histórico e Geográfico de Paço do Lumiar.