São
Luís – Foi aberta ontem (27), às 16:30, no hall do Arquivo Público do Estado do
Maranhão (Apem), na Rua de Nazaré, Centro Histórico de São Luís, em parceria
com o Instituto Histórico e Geográfico do Maranhão (IHGM), a exposição
“28 de Julho, 194 anos da Independência do Maranhão: documentos e obras raras”.
A exposição permanece aberta ao público até o dia 31 de agosto, de segunda a sexta-feira,
das 8h30 às 18h.
A
exposição reúne documentos manuscritos da época do processo de Independência do
Maranhão, como o Auto da Câmara Geral do dia 28 de julho de 1823, considerado a
Carta de Declaração da Independência do Maranhão, assinada pelas autoridades no
Palácio do Governo, entre outros manuscritos importantes do período, como troca
de correspondências oficiais e outros.
Além de documentos, está sendo exposto uma série de obras raras de primeiras edições, clássicos da historiografia
sobre a temática, como “A história da Independência da Província do Maranhão”
de autoria do Visconde Luiz Antônio Vieira da Silva de 1862 e as Narrativas e
Memórias do Lord Cochrane de 1859, a primeira edição em português.
O
objetivo é divulgar e socializar com o público em geral, pesquisadores e
estudantes, informações sobre a história do Maranhão desse período, tão
emblemático para o Brasil e em particular para o Maranhão, por meio de
documentos e obras raras.
O Maranhão foi a penúltima província brasileira a aceitar a independência política do Brasil a Portugal, e isso só ocorreu quase dez meses depois do Grito do Ipiranga em São Paulo no dia 22 de setembro de 1822, pois naquela época havia uma rica e influente colônia portuguesa residente no Maranhão que mantinha vínculos muito próximos a metrópole portuguesa e que portanto não tinha interesse no projeto de emancipação politica que estava se gestando a partir do Rio de Janeiro e São Paulo, daí a resistência dos portugueses do Maranhão em se manterem leais a Coroa portuguesa num primeiro momento, só "aderindo" por meio da força das armas, consolidada assim com a vinda do Lord Cochrane, que em decorrência da sua atuação aqui no Maranhão, depois recebe o título de Marquês do Maranhão de D. Pedro I.
A
solenidade de abertura da exposição foi realizada pelos representantes dos dois
órgãos, a historiadora Helena Espínola, chefe do Arquivo e o professor Euges
Lima, presidente do IHGM, que este ano juntaram esforços para realizarem o
evento. Estiveram presentes vários membros do IHGM, funcionários do Arquivo,
pesquisadores, estudantes e interessados. Registrou-se também a presença do sr.
Ferreira da Silva, presidente do Instituto Histórico e Geográfico de Paço do
Lumiar.
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