quinta-feira, 15 de março de 2018

IHGM participa do VI Congresso dos Institutos Históricos do Nordeste




São Luís – Entre os dias 5 e 7, o Instituto Arqueológico, Histórico e Geográfico de Pernambuco (IAHGP), o segundo mais antigo do Brasil, fundado em 1862, realizou na Cidade do Recife, o VI Congresso Nordestino dos Institutos Históricos e o I Congresso dos Institutos Históricos Municipais de Pernambuco, que teve como tema: “A Revolução Pernambucana de 1817: na construção do Brasil”. O evento contou com o apoio do governo do estado de Pernambuco, além de várias instituições públicas e privadas.

O Encontro fez parte da programação do encerramento das comemorações do Bicentenário da Revolução Pernambucana, que teve início em 2017, ano do bicentenário.

A programação teve início dia 5, às 19h, na sede do IAHGP com a Solenidade de abertura, presidida pelo professor, historiador, Dr. George Cabral, presidente do Instituto de Pernambuco e professor da UFPE. Compuseram a mesa, além de outras autoridades, o prefeito do Recife, o senhor Geraldo Júlio, que na ocasião, sancionou a lei que tornou o IAHGP de utilidade pública municipal.


O presidente do IHGB, o professor Dr. Arno Wehling e o professor e historiador Vamireh Chacon(UNB/IHGB)), foram os palestrantes da noite, que discorreram sobre temas voltados para a reflexão do processo de construção da Revolução pernambucana de 1817 e suas influências, francesas, americanas, mas também ibéricas, segundo o professor Wehlling que proferiu a palestra: “Tradição e inovação no discurso político da Revolução de 1817”.

No segundo dia, terça-feira (6), Data Magna de Pernambuco, às 8h, os congressistas participaram de uma Solenidade em homenagem à Revolução Pernambucana no Palácio do Campos das Princesas com a presença do governador do estado, Paulo Câmara e demais autoridades, onde houve parada militar, discursos e colocação de flores no monumento dos Mártires da Revolução Pernambucana de 1817.

Dr. Eduardo Castro (IGHB) e Euges Lima (IHGM)
Durante três dias, congressistas, representantes dos Institutos Históricos do Nordeste e dos Institutos Históricos Municipais, reuniram-se na Cidade do Recife e assistiram às palestras sobre “A Revolução Pernambucana de 1817”, participaram de mesas-redondas, painéis dos IHGs estaduais e municipais e Rodas de Diálogos; visitaram os museus e a exposição “Revolução Republicana de 1817”, no Museu da Cidade do Recife, localizado no Forte das Cinco Pontas, local que sediou o evento.  

Num clima de congraçamento, pode-se dizer que além do conhecimento adquirido sobre a história da Revolução Pernambucana, o ponto alto, foram as trocas de experiências, intercâmbios, aspirações e metas comuns para o melhor desempenho dos Institutos Históricos do Nordeste e de Pernambuco. Eventos como esses, demonstram como os movimentos dos Institutos históricos estão vivos e vigorosos e se multiplicando, principalmente nos milhares de municípios do Nordeste e do Brasil. Pernambuco já conta com quinze Institutos Históricos municipais.

Participação do Maranhão

No segundo dia, 6, o Instituto Histórico e Geográfico do Maranhão (IHGM), participou por meio do seu representante, o professor Euges Lima do segundo painel dos Institutos Históricos Estaduais, compartilhando a mesa com os presidentes do Instituto do Ceará, Dr. Lúcio Gonçalo de Alcântara; o presidente do Instituto Histórico e Geográfico Paraibano, Dr. Guilherme Gomes da Silveira d'Avila Lins e com o coordenador da Mesa, professor Marcelo Casseb (IAHGP).

O professor Euges Lima, discorreu sobre “O Sentido Nacional da Revolução Pernambucana”, destacando o impulso nacional da Revolução em sua preparação, a ligação entre as províncias, o antagonismo entre brasileiros e portugueses em geral, a dicotomia Metrópole e colônia, assim como as necessidades diferentes, além do espírito separatista geral, porém mais acentuado em Pernambuco. Segundo Lima, a Revolução tinha contatos e pretensões regionais e nacionais.
“Embora sua preparação tivesse esse sentido nacional, as adesões não foram concretizadas, ainda assim, levantaram-se, Paraíba, Rio Grande do Norte e Alagoas”, o Maranhão não aderiu, mas há indícios de contatos pré-revolucionários que precisam ser mais bem investigados.” destacou Lima.










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