domingo, 2 de setembro de 2012

IHGM discute fundação de São Luís


Presidente Telma Bonifácio inicia os trabalhos do Ciclo
 Dia 29, das 8 às 18 horas, no auditório do Palácio Cristo Rei, em frente à Praça Gonçalves Dias, foi realizado com pleno êxito o penúltimo seminário da sequência de seis do Ciclo de Estudos/Debates “A CIDADE DO MARANHÃO: uma história de 400 anos”, promovido pelo Instituto Histórico e Geográfico do Maranhão. O seminário tinha como temática principal a fundação da cidade de São Luís, abordando seus vários olhares, tanto a partir da visão de uma cidade de origem francesa, como de uma fundação portuguesa.
Na parte da manhã, se apresentaram os palestrantes favoráveis à fundação francesa da cidade. Após abertura do seminário pela Presidente do Instituto, Professora Doutora Telma Bonifácio dos Santos Reinaldo, que saudou a todos os presentes, o professor doutor da UFMA, José Cláudio Pavão Santana, proferiu palestra Magna que teve como tema: “AS LEIS FUNDAMENTAIS DO MARANHÃO: densidade jurídica e valor constituinte, a contribuição da França Equinocial ao constitucionalismo americano. Em seguida falou o turismólogo e pesquisador, Antônio Noberto que defendeu a origem francesa de São Luís. Ainda na parte da manhã, Maria Aparecida Santos e Horácio Lima Neto,  graduandos de história, fizeram exposições de suas pesquisas acadêmicas, abordando o tema do mito da Atenas brasileira.
Euges Lima falou sobre a historiografia da fundação
 No horário da tarde, foi a vez de se abordar a fundação de São Luís a partir de uma origem portuguesa, classificando a fundação francesa como uma tradição inventada pela historiografia maranhense do século XX, portanto, mítica.
Segundo o professor de história e vice presidente do IHGM, Euges Lima, “foi o historiador Ribeiro do Amaral no começo do século XX, mais precisamente em 1911, quando ele escreve um artigo intitulado “Fundação do Maranhão” no Jornal do Diário Oficial do Estado, na coluna denominada de Maranhão Histórico que se é gestada a idéia de uma São Luís absolutamente de origem francesa, servindo, portanto, de virada historiográfica acerca da versão da fundação da cidade, no caso, buscando uma origem francesa e desprezando a já consolidada pela historiografia, ou seja, a portuguesa.”
Primeira mesa redonda debate origem francesa
 O professor de história do Colégio Pitágoras, Rafael Aguiar que também foi convidado para debater o assunto, trabalhou o seguinte tema: “A CONSTRUÇÃO DO MITO DA FUNDAÇÃO FRANCESA DA CIDADE DE SÃO LUÍS: uma análise historiográfica. Finalizou a exposição da tarde a professora Jossilene Louzeiro Alves com a experiência de campo: INCLUSÃO LAZER PARA TODOS: conhecendo o centro histórico, que buscar incluir os estudantes da periferia da Rede pública no âmbito do centro histórico de São Luís.
Após a exposição dos debatedores, foi apresentado o documentário “Papagaios Amarelos”, que é inspirado no livro de mesmo nome de Maurice Pianzola e conta a história dos franceses no Maranhão no início do século XVII. O encerramento foi com a apresentação muito divertida do livro “História da Cidadezinha dos Palacetes de Porcelana”, escrito pelo filólogo e presidente da Academia Brasileira de Filologia, Prof. Dr. Antônio Martins de Araújo, em homenagem aos 400 anos de São Luís.

O filólogo Antônio Martins encerrou com palestra
O auditório do Palácio Cristo Rei estava repleto, principalmente de alunos do Liceu Maranhense, das turmas da professora de história, Deuzuite Vaz, que os levou para que pudessem se informar acerca desses vários olhares sobre a história do Maranhão e as origens da nossa cidade. A presidente do IHGM, Telma Bonifácio, fez um balanço positivo desse seminário e do Ciclo de Estudos/Debates como um todo que o Instituto Histórico vem realizando como homenagem aos 400 anos de aniversário da cidade. 
Esse evento conta com o apoio do SINPROESEMMA (Sindicato dos Trabalhadores da Educação  Básica do Estado do Maranhão, SINDEDUCAÇÃO (Sindicato dos professores da Rede Municipal de Ensino de São Luís), Secretaria de Cultura do Governo do Maranhão, UFMA, Colégio Dom Bosco e ISEC.



 
                                     
 
 


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