quinta-feira, 27 de setembro de 2012

Posse de Sofiane Labidi no IHGM

Discurso de Sofiane Labidi na Solenidade de Posse no Instituto Histórico e Geográfico do Maranhão – IHGMA para ocupar a Cadeira N. 13, patroneada por Raimundo José de Souza Gayoso.

Quinta-feira, 20/09/2012. 

Sra. Presidente, Dra. Telma Bonifácio dos Santos Reinaldo ,
Autoridades presentes,
Caras confreiras, caros confrades,
Minha queridíssima esposa Afef,
Amigas e Amigos,
Colegas e Colegos de trabalho,
Funcionários da UFMA,
Membros da Imprensa,
Senhoras e senhores,
Boa noite,

Através do tempo, a humanidade evoluiu da sociedade pré-histórica, para sociedade agrícola, e a sociedade industrial.  Vivemos hoje a sociedade do conhecimento e estamos indo para sociedade da luz, etc.
Vocês sabem quem é o responsável por esta evolução?  É claro que é a “Ciência”.  A ciência, que é a descoberta do conhecimento, é o fruto da nossa curiosidade e das nossas investigações.  A ciência gera conhecimento, tecnologias e inovações que impactam, moldam, e transformam a sociedade; sociedade esta que está se tornando cada vez mais dinâmica, e onde a única certeza que existe hoje é que tudo vai mudar!
As exigências são maiores, as exigências são muito grandes.  Precisamos gerir a mudança, se preparar para o futuro, ser conspiradores adotando atitudes proativas que condicionam o futuro.
Assim, a ciência é fundamental para o desenvolvimento do indivíduo e da humanidade.  A Ciência deve sempre considerar o desenvolvimento como um processo global.  É preciso sempre enfatizar a importância da educação e da formação dos povos.
O desenvolvimento da mente no âmbito do conhecimento humano contribua para a grandeza e a felicidade dos indivíduos.
Afinal, qual é o papel da ciência para a humanidade?   Um dos maiores filósofos do século XX, Edmund Husserl, em uma famosa conferência intitulada “A crise da humanidade e a filosofia” realizada em 1935 em Viena, demostrou que a ciência em geral, e a ciência moderna em particular, marcada por dois momentos: a revolução de Galileu em 1610 e a divulgação da teoria da relatividade e de mecânica quântica em 1905, saiu do caminho e afastou-se de seus objetivos.
Apesar de todas as críticas, a Ciência, ao ampliar o conhecimento disponível para a humanidade, aumenta constantemente seu controle sobre seu ambiente, o que lhe permita de usar a sua criatividade para melhorar a sua qualidade de vida.
Vivemos todos no mesmo planeta, no mesmo universo.  Reconhecemos agora que estamos em uma situação de crescente interdependência e que o nosso futuro está intimamente ligado à preservação dos ecossistemas em todo planeta e para a sobrevivência de todas as formas de vida.
Nações e cientistas de todo o mundo devem estar conscientes da urgência do uso responsável do conhecimento de todos os campos da ciência para atender às necessidades e aspirações do ser humano, sem abusar desse conhecimento.
Precisamos buscar uma colaboração ativa em todos os campos da ciência: ciências físicas, biológicas e da terra, ciências biomédicas e de engenharia, ciências sociais e humanas, etc.
Todas as culturas podem contribuir para o conhecimento científico universal.  A ciência deve estar a serviço de toda a humanidade, e deve contribuir para proporcionar a todos uma compreensão mais profunda da natureza e da sociedade, para garantir o bem-estar e proporcionar às gerações presentes e futuras um ambiente sustentável e saudável.
Dada a enorme influência da ciência na vida cotidiana, é surpreendente que o cidadão comum continua desinformado nessa área.  Se perguntarmos qualquer pessoa que vier, é praticamente impossível que esta saiba algo sobre a teoria quântica e da relatividade, ou até mesmo por que o Céu é azul? Por que o mar é cinza?  Qual é o significado da maré, etc.  Esta ignorância generalizada é a causa de muitos problemas e exige uma reflexão e uma explicação por todos nós.
É uma das missões nobres que entidades como a Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência -SBPC, a Academia Brasileira de Ciências -ABC, a Academia Maranhense de Ciências –AMC, e o Instituto Histórico e Geográfico do Maranhão estão enfrentando.
Orgulho-me muito de se tornar hoje membro-efetivo desta casa, pela sua história, pela sua importância e pelos ilustres nomes que fazem ou que fizerem parte dela.
Meu orgulho ficou ainda maior ao ocupar a cadeira numero 13 patroneada pelo saudoso RAIMUNDO JOSÉ DE SOUZA GAYOSO.
Nascido em Buenos Aires na argentina em 1747, filho de JOÃO HENRIQUE DE SOUZA e MICAELA JERÔNIMO GAYOSO.  Estudou na França e na Inglaterra onde se formou na área financeira.
Raimundo José residiu no Maranhão em Cachoeira Grande.  Seu pai João Henrique de Souza foi tesoureiro do erário Português onde foi acusado de desvios de verbas e foi degredado para o Maranhão por 5 anos.  Ao conseguir comprovar sua inocência, o Príncipe Dom José o nomeou Tenente-Coronel do Regimento de Milícias de Caxias.
No Maranhão casou-se com Anna Rita de Souza Gayoso das famílias Gomes de Souza e Vieira da Silva.
Seu nível cultural muito alto lhe permitiu de se destacar deixando várias obras como “Compêndio histórico-político dos princípios da lavoura do Maranhão”.  Obra publicada por sua esposa Dona Ana Rita em 1818 e dedicada a Dom José.
“Memória histórico-apologética da conduta do Bacharel Antônio Leitão Bandeira”, publicada em 1785.
“Apontamentos do que tem lembrado para aumentar a riqueza do Estado”.
“Reflexões políticas sobre o modo de atalhar algumas desordens da fazenda real” entre vários outras.
Gayoso recebeu o título de Cavaleiro, professo da Ordem de Cristo.
Faleceu em Rosário no maranhão em 1813.
Esta cadeira foi ocupada por 4 ilustres membros, em ordens: (1) José Pedro Ribeiro, (2) Oswaldo da Silva Soares, (3) Aluízio Ribeiro da Silva, e (4) Tácito da Silveira Caldas.
José Pedro Ribeiro sócio fundador do instituto.  Natural do Maranhão, foi Vice-cônsul da Noruega no Brasil e Interino da Dinamarca.  Publicou “Indústria da Borracha” em 1913.
Oswaldo da Silva Soares substituiu o sócio fundador José Pedro Ribeiro.  Nasceu em Pinheiro em 16 de março de 1903, mas foi criado na cidade de São Bento.  Tinha 8 irmãos.  Iniciou os estudos na escola Arimatéia Cisne, concluiu o ensino médio no Colégio Marista e o curso Superior na Faculdade de Odontologia, curso que não concluiu por ter sido convidado pelo tabelião Domingos Barbosa para escrevente juramentado.  Eleito Deputado Federal por concurso público.
Em Alcântara, ele restaurou o pelourinho com seus próprios recursos.  Colecionador de moedas, em 1948 passou a colecionar objetos antigos: móveis, porcelanas, joias, etc. todos expostos na sua residência na Rua São João num 452.
Faleceu em 26 de janeiro de 1997.
Aluízio Ribeiro da Silva, Nascido em Balsas no Maranhão, filho do comerciante João Ribeiro da Silva.  Falecido subitamente quando o filho mais velho Antônio Ribeiro da Silva ocupou-se da família.
Ele deixou várias obras escritas.
Finalmente, a cadeira foi ocupada por Tácito da Silveira Caldas.  Nascido em Teresina no Piauí em 1915, filho de Leônidas Soriano Caldas e Detith da Silveira Caldas.  Cursou em Teresina e depois se transferiu para o Liceu Maranhense em São Luís.
Bacharel em Direito pela Faculdade do Maranhão, recebeu o título de Doutor pela mesma instituição em 1950, onde ingressou como professor em 1951.
Membro do conselho do OAB por vários mandatos.  Foi Procurador da Fazenda Municipal de São Luís, Procurador Geral do Estado do Maranhão.  Desembargador do tribunal de Justiça do Estado e ex-Presidente do Tribunal Regional Eleitoral.
Reconhecido como grande orador público, tem várias obras publicadas.
Senhora e Senhores,
Estou muito feliz, muito orgulhoso, e como não ser, ao ter este privilégio de contribuir com esta terra abençoada por Deus e de receber tantas homenagens como esta: ser membro-efetivo do conceituado Instituto Histórico e Geográfico do Maranhão.
Muito obrigado confrades e confreira, sra. Presidente, sr. Edomir, sr. Vava.
Muito obrigado a todas e a todo,
Um forte abraço e um beijo no coração de cada amiga e amigo que vieram abrilhantar este momento, obrigado do fundo do coração, que Deus Abençoe a todos vocês!
Que Deus Abençoe nosso Instituto,

Muito Boa noite,







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