São
Luís – ontem, às 18 horas, no auditório Ribamar Seguins, na sede do IHGM,
ocorreu mais uma palestra promovida pelo Instituto Histórico e Geográfico do
Maranhão. Dessa vez a temática abordada foi “1614: a História da Batalha de Guaxenduba”. O palestrante foi o
professor de história e vice-presidente do IHGM, Euges Lima.
Essa
palestra encerra um ciclo de um total de oito palestras realizadas este ano
pela entidade, que tem como objetivo, socializar com os sócios e o público
interessado, as pesquisas e estudos realizados pelos membros do Instituto
Histórico.
A BATALHA
A
batalha de Guaxenduba foi uma luta sangrenta travada nas praias da atual cidade
de Icatu, entre franceses e portugueses no início do século XVII pela posse do
Maranhão. Episódio marcante da história do Maranhão colonial é considerado de
suma importância para expulsão dos franceses e início da colonização
portuguesa, já que o resultado dessa batalha foi favorável às tropas portuguesas,
lideradas pelo Capitão-mor Jerônimo de Albuquerque.
PONTOS ABORDADOS
O
professor Euges Lima abordou vários aspectos que representam certa renovação em
relação a historiografia tradicional sobre o tema, como as causas da improvável
vitória portuguesa, que segundo ele, foi tradicionalmente remetida a uma versão
lendária e mal explicada pela historiografia tradiconal.
A
percepção da batalha e principalmente o “modus faciendi”, precursor das forças
portuguesas num contexto de um estilo peculiar de guerrear próprio do Brasil,
que envolvia os indígenas e suas técnicas beligerantes, que depois ficou
conhecido como guerras brasílicas ou guerras do Brasil em oposição à maneira
européia de guerrear, é outro aspecto que devemos estudar. A batalha de
Guaxenduba é um momento importante desses primórdios do Maranhão colonial,
precisamos avançar para além das versões lendárias e superficiais. É um tema
praticamente ignorado no contexto da historiografia brasileira recente, como de
certa forma, grande parte da nossa história do Maranhão, destacou Euges Lima.
O TRAÇADO DO FORTE
Durante
a palestra foram exibidos vários slides de mapas do século XVII, como o mapa do
Maranhão mais antigo, atribuído ao cartógrafo português João Teixeira de
Albernaz, além da planta do forte português construído em Guaxenduba, desenhada
pelo engenheiro mor do Brasil Francisco Frias de Mesquita, autor do traçado urbano de São Luís no século XVII.
Ao
final, a presidente do IHGM, professora Telma Bonifácio, agradeceu a presença
de todos e destacou o Ciclo de Palestras 2013 e seu encerramento com bastante
êxito e muito proveitoso para o conhecimento e debates acerca da história e
geografia do Maranhão.
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