quinta-feira, 13 de fevereiro de 2014

Sítios de São Luís do século XIX foram precursores das indústrias



São Luís – ontem, dia 12, às 18h, no Auditório Ribamar Seguins, na sede do IHGM, foi aberto o Ciclo de Palestras 2014. A primeira foi “Sítio Piranhenga: resgate histórico”, proferida pela presidente Telma Bonifácio que durante uma hora discorreu sobre a origem do Sítio e sobre a vida e a chega do Pe. Francês Jean Marie em São Luís nos anos de 1970.
O missionário francês Jean Marie, mais conhecido em São Luís como João Maria, ao chegar ao Maranhão, vindo da França, adquiriu com recursos próprios e com ajuda de colaboradores o Sítio Piranhenga e procurou transformá-lo num centro educacional e de profissionalização para menores carentes, a CEPROMAR.
Segundo a palestrante, Jean Marie relatou que sua chegada aqui não foi fácil, pois havia muita pobreza na época, não recebia nenhum subsídio por parte do governo nas suas ações sociais e que existia um clima adverso em relação ao clérigos durante a ditadura, com rumores que seria preso, mas isso nunca ocorreu.
O Sítio Piranhenga tem sua origem no século XIX, seu primeiro proprietário foi José Clarindo de Miranda, é um dos poucos Sítios desse período que ainda conserva traços originais como senzalas, capelas etc. 
Eulália, diretora da CEPROMAR com Telma Bonifácio
Em sua pesquisa, a historiadora Telma Bonifácio constatou que nos períodos colonial e imperial os Sítios assumiram uma função bastante importante na produção artesanal de diversos gêneros, desde sabão, cal, tecidos, entre outros, ao contrário do que se poderia imaginar, funcionando como verdadeiros precursores do parque fabril que se instalaria em São Luís no final do século XIX.
Além de vários sócios do IHGM e demais interessados, registrou-se a presença da senhora Eulália Ferreira, atual diretora da CEPROMAR (Centro Educacional e Profissionalizante do Maranhão), organização não governamental que administra o Sítio Piranhenga.


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