São
Luís – No último dia 6(terça), a partir das 14 horas, em sua sede, o Instituto
Histórico e Geográfico do Maranhão (IHGM), com apoio do Sindicato dos
Trabalhadores em Educação Pública do Maranhão(Sinproesemma), realizou a
mesa-redonda “Fundação de São Luís: 404
ou 400 anos?”, com o objetivo de discutir se a capital maranhense foi
fundada por franceses ou portugueses, se sua fundação foi em 1612 ou 1616, tema
que divide pesquisadores e historiadores nos últimos anos.
Estudantes,
professores, interessados e membros do Instituto, movidos pelo interesse da
polêmica histórica, compareceram e lotaram o auditório para ouvirem as versões
e debates acerca da fundação da cidade de São Luís e suas controvérsias.
Participaram do debate a Profa. Dra. Ana Luiza Almeida Ferro, o Turismólogo Antonio Noberto, o Dr. Francarlos Diniz, mediador, o professor Euges Lima e a participação especial do Dr. Paulo de Albuquerque Maranhão(RJ), pesquisador, genealogista, membro do Instituto Geográfico e Histórico de História Militar Brasileiro, sócio correspondente do IHGM e 9.º Neto de Jerônimo de Albuquerque Maranhão. Os participantes tiveram meia hora cada para expor seus pontos de vistas e defenderem suas teses, em seguida, abriu-se o debate, com perguntas feitas pela plateia.
A tese mais conhecida e difundida é da fundação
francesa, considerada a versão oficial, que começou a circular no começo do
século XX, a partir de estudos do professor e historiador José Ribeiro do
Amaral, com a publicação do livro “Fundação do Maranhão (1912).” Ele atribuiu a
fundação à expedição liderada pelo fidalgo francês, Daniel de La Touche, que
tinha a intenção de explorar o Novo Mundo. Ao chegar à cidade, em 1612, os
franceses participaram de uma missa celebrada por padres capuchinos, além de
construírem um forte de madeira, onde hoje está localizado no Palácio dos
Leões, sede do Poder Executivo Estadual.
A
outra tese, a da fundação portuguesa, afirma que o início da construção da
cidade só ocorreu de fato, após a expulsão dos franceses em 1616, momento em
que é iniciada a colonização portuguesa, quando a cidade teria sido fundada por
Jerônimo de Albuquerque Maranhão, por ordem da Corte de Madri e de acordo com o
Regimento de Alexandre de Moura, deixado à Albuquerque Maranhão, inclusive, com
a planta da cidade, elaborada pelo engenheiro Mor do Brasil, Francisco de Frias
Mesquita.
Na
sequência da programação, houve também o (re)lançamento do livro Dois estudos: Os discursos de Japi-Açu e
Momboré-Uaçu e Vadiagem no Maranhão, 1800 – 1850(2004/EDUFMA), de autoria
do professor José Caldeira, com a presença de sua esposa, Marlene Caldeira, que
autografou os exemplares. Em seguida, foi inaugurada a sala do acervo do
professor José Caldeira, nas dependências da Biblioteca Hédel Ázar, localizada no
primeiro andar do prédio, ampliando consideravelmente o acervo bibliográfico originário
da entidade. A formalização da doação ocorreu no mês de julho passado e é composto
de mais de dois mil volumes e várias obras de arte. Registrou-se a presença da professora mestre França e seus alunos, do Centro de Ensino Médio Força Aérea Brasileira, a representante da Casa de Cultura Josué Montello, Joseane, do historiador Leandro Eulálio, do economista e funcionário do IBGE, José Reinaldo e da Professora Dra. Chefa do Departamento do Curso de História da UFMA, Maria Izabel Barbosa de Moraes, que na ocasião, estava representando a Magnifica Reitora, professora Nair Portela.
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