segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

IHGM FUNDADO EM 1864?



Leopoldo Gil Dulcio Vaz
Vice-presidente do Instituto Histórico e Geográfico do Maranhão/cadeira n.º 40
Mestre em Ciência da Informação


 
Com a criação dos cursos de História, em nossas Instituições de Ensino Superior – IES – começam a aparecer estudos e pesquisas aprofundando nossos conhecimentos sobre o Maranhão. Da recente bibliografia aparecida, destaco “UMA ATHENAS EQUINOCIAL – a literatura e a fundação de um Maranhão no Império Brasileiro” de José Henrique de Paula Borralho, Edfunc 2010. As páginas 149 esse professor-doutor informa:
“Quando ainda morava em São Luis [o Visconde de Vieira da Silva] [1] foi um dos fundadores do Partido Constitucional em 1863 (...) Foi nessa época que, juntamente com João da Matta de Moares Rego, César Augusto Marques[2], João Vito Vieira da Silva[3] e Torquato Rego, fundou o primeiro Instituto Histórico e Geográfico do Maranhão e, em 1865, dessa vez ao lado de Sotero dos Reis, Francisco Vilhena, Heráclito Graça, Antonio Henriques Leal, Antonio Rego, reunidos no colégio de Humanidades, dirigido por Pedro Nunes Leal, discutiam a formação de agremiações literárias e o futuro da vida cultural da província (...)”. (grifamos).

 Pois bem, escrevi ao Prof. Dr. Henrique Borralho, perguntando sobre essa informação: de onde a tirara? Se a fonte era confiável? Ao que me respondeu sim, a ambas as perguntas: a fonte seria Antonio Henriques Leal, na introdução do livro de Vieira da Silva sobre a Independência do Maranhão... Nada encontrei na edição que tenho[4].
Em resposta a novas inquietações, Dr. Henrique informa que em “Fidalgos e Barões” [5], de Milson Coutinho, também aparecia a afirmação:

“Vieira da Silva, ao regressar da Europa, encontro na terra natal a efervescência política e jornalística costumeira (...) parece ter dado conta de que a poesia não era seu forte, de modo que mergulhou no jornalismo (...). Em 1863 abriu cisão com seus antigos companheiros de credo político e fundou o Partido Constitucional, que tinha no jornal A Situação o órgão que defendia o programa desse novo grêmio político, integrado por Vieira da Silva, Silva Maia, José Barreto, Colares Moreira e outros mais. Foi por esse tempo que fundou o Instituto Histórico e Geográfico, instituição provincial que pretendia arregimentar a chamada classe literária, a exemplo do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, cenáculo-maior das letras imperiais. Revela Dino (1974, p. 55) que o Instituto abrigou, inicialmente, nomes que futuramente ganhariam peso literário, dentre os quais João da Mata Moraes Rego, Cesar Marques, João Vito Vieira da Silva e Torquato Rego.
Sem maior futuro, o primeiro IHGM naufragou. Em seu lugar nasceu a Academia de Letras do Maranhão, iniciativa de Vieira da Silva, que funcionava numa das salas do Instituto de Humanidades, de Pedro Nunes leal. Também não foi à frente. (...)” (p. 429-430). (grifamos)

  Encontramos, mais uma vez em Milson Coutinho (1986; 2007) [6] mais informações sobre essa fundação, desta vez dando a data em que ocorreu: 

"
Com amigos literatos da época, Vieira da Silva fundou, em 28.7.1864, o Instituto Histórico e Geográfico do Maranhão, do qual fizeram parte, como sócios, entre outros luminares de nossas letras, João da Mata de Moraes Rego, Dr. César Marques, Dr. João Vito Vieira da Silva e Dr. Torquato Rego.
“ Pertenceu, igualmente, à primeira Academia de Letras do Maranhão, fundada em 1865, em uma das salas do Instituto de Humanidades, colégio dirigido pelo Dr. Pedro Nunes Leal. Daquele silogeu foram sócios homens da estirpe cultural de Sotero dos Reis, Francisco Vilhena, Herácito Graça, Henriques Leal, Antonio Rego e outros" (COUTINHO, 1986: 52; 2007: 277).

Em “Fidalgos e Barões, Milson Coutinho faz referencia a Nicolau Dino, em biografia do Visconde de Vieira da Silva[8] de onde teria obtido as informações sobre a fundação do IHGM naqueles idos de 1863:

"IX - NO SEIO DOS PRIMEIROS IMORTAID DA PROVINCIA
"PRESIDENTE DO INSTITUTO HISTÓRICO E GEOGRÁFICO

"em 28 de julho de 1864, Luiz Antonio Vieira da Silva era aclamado presidente do Instituto Histórico e Geográfico que se fundava naquele dia, em casa de Augusto Marques e com a colaboração deste, do Tenente Coronel Ferreira, Padre Dr. Cunha, João da Mata, Dr. Cesar Marques, Dr. Tolentino Machado, Tenente Coronel João Vito, Dr. Torquato Rego, Pedro Guimarães e Frei Caetano. O Dr. Cesar Marques leu um discurso relativo ao ato e o Padre Dr. Cunha apresentou o projeto dos estatutos da nova associação". (p 55-56). (grifamos)

        E em Nota de pé-de-página:

(30) Augusto Cesar Marques - farmacêutico, irmão de Cesar Marques. Tenente Coronel de engenheiros - Fernando Luis Ferreira[9]. Padre  Dr. João Pedro da Cunha. João da Mata de Moraes Rego - escrivão, autor de crônicas sobre a imprensa do Maranhão muito apreciadas. Dr. João Vito Vieira da Silva, engenheiro militar. Frei Caetano de Santa Rita Serejo[10], maranhense, Superior do Convento dos Carmelitas” (p. 56)  
           
            No Blog “Família Vieira [11] consta postagem em 1º. de agosto de 2010 dados sobre os “VIEIRA DA SILVA E SOUSA – Maranhão” consta os VIEIRA DA SILVA,
importante família do Maranhão, com ramificações no Ceará, à qual pertence o Brigadeiro Luiz Antônio Vieira da Silva, com carta de Brasão de Armas passada em 30 de Julho de 1804 (Visconde de Sanches de Baena - Arquivo Heráldico Genealógico. Páginas 445, 446. No. 1761 - Lisboa. Typographia Universal, 1872), que deixou numerosa descendência do seu casamento em 1775, com Maria Clara de Souza.

         Entre os descendentes deste último casal: 

I - O filho, Joaquim Vieira da Silva e Souza, nascido em 12 de Janeiro de 1800, no Maranhão e falecido em 23 de Junho de 1864, São Luiz, Maranhão[12];
II - O filho, João Victor Vieira da Silva[13], Tenente-Coronel Graduado, em 1856. Engenheiro-Militar. Em 1857, servia na Província do Maranhão. Cavaleiro da Imperial Ordem de S. Bento de Aviz. Cavaleiro da Imperial Ordem da Rosa. 
III - o O neto, Dr. Luiz Antônio Vieira da Silva, nascido em 2 de Outubro de 1828, em Fortaleza, Ceará e falecido em 3 de Novembro de 1889, no Rio de Janeiro, Doutor em Leis e Cânones pela Universidade de Heidelberg, no Grão-Ducado de Baden, Alemanha. Literato, dedicado aos estudos da História. Secretário do Governo do Maranhão de 1854 a 1858. Diretor da Repartição de Terras de 1859 a 1860. Procurador Fiscal da Tesouraria da Fazenda em 1859. Deputado Provincial pelo Maranhão de 1860 a 1861. Deputado à Assembléia Geral Legislativa, pelo Maranhão, em 3 Legislaturas, de 1861 a 1863, de 1867 a 1868 e de 1869 a 1871, Senador do Império, pelo Maranhão de 1871 a 1889. 1.º Vice-Presidente da Província do Maranhão em 1875, tendo exercido a Presidência de 17 de Janeiro a 02 de Fevereiro de 1876. Ministro da Marinha de 1888 a 1889 e Presidente da Província do Piauí de 1869 a 1870. Conselheiro de Estado. Conselheiro de Sua Majestade. Moço Fidalgo da Casa Imperial. Cavaleiro da Imperial Ordem da Rosa. Foi agraciado com o Título de Visconde com Honra de Grandeza de Vieira da Silva por Decreto de 05 de Janeiro de 1889. (...) Com geração do seu casamento com Maria Gertrudes da Mota de Azevedo Correia, nascida em 1836 e falecida em 6 de Novembro de 1911, no Rio de Janeiro, Viscondessa de Vieira da Silva, filha do Conselheiro Joaquim da Mota de Azevedo Correia e de Maria Getrudes de Azevedo Correia.

Destacamos do texto acima o que segue: 

"Grão Mestre da Maçonaria. Membro do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro em 1863. Membro da Sociedade de Geografia de Lisboa. Membro da Academia Real de Ciências de Lisboa. Membro do Instituto Histórico e Geográfico do Maranhão e do Instituto Arqueológico e Geográfico de Pernambuco." (grifamos)



[1] LUÍS ANTÔNIO VIEIRA DA SILVA, o Visconde de Vieira da Silva, (Fortaleza, 2 de outubro de 18283 de novembro de 1889) foi um advogado, banqueiro e político brasileiro. Era filho do ex-ministro do STJ Joaquim Vieira da Silva e Sousa. Foi deputado provincial, deputado geral, presidente de província, ministro e conselheiro de Estado e senador do Império do Brasil de 1871 a 1889. Foi presidente da província do Piauí, de 6 de dezembro de 1869 a 9 de abril de 1870 e de 22 de abril a 7 de maio de 1870.
Períodos Legislativos do Império - 1886-1889 - Luiz Antônio Vieira da Silva - Título: Visconde de Vieira da Silva- nascimento: 2/10/1828 Natural de: Fortaleza   - CE; filiação: Joaquim Vieira da Silva e Souza e  Columba Sant'antonio de Souza Gayoso - falecimento: 3/11/1889. Histórico Acadêmico: Direito     Heidelberg. Cargos Públicos: Presidente de Província; Secretário de Governo; Conselheiro de Estado; Ministro de Estado Marinha; Profissões: Banqueiro, Advogado.
Mandatos; Deputado Provincial - 1860 a 1861; Deputado Geral  - 1861 a 1863; 1867 a 1868; 1869 a 1871; Presidente de Província  - 1869 a 1870; Senador  - 1871 a 889.
Trabalhos Publicados
- História interna do direito romano. RJ. 1854.
- História da independência da província do maranhão. Maranhão, 1862.
- Questão religiosa (discurso). RJ, 08/03/1873.
- Voto de graças (discurso). RJ, 1847.
- Força naval (discurso). RJ, 08-06-1888.
- A ciganinha do norte (poesias). RJ, 1854.
[2] CÉSAR AUGUSTO MARQUES (Caxias, 12 de dezembro de 1826Rio de Janeiro, 5 de dezembro de 1900) foi um médico, professor, escritor, tradutor e historiador brasileiro. Filho do Dr. Augusto José Marques, um farmacêutico português estabelecido na cidade de Caxias no início do século XIX, César Marques fez os seus estudos secundários em São Luís do Maranhão. Concluiu o curso de Medicina em Salvador, na então Província da Bahia, em 1854. O Dr. César Augusto Marques ainda moço e estudante passou a integrar os grêmios literários de sua época, pois logo em 1854 era membro correspondente da Sociedade Auxiliadora da Industria Nacional do Rio de Janeiro; membro da Sociedade de Ciências Médicas de Lisboa, em 1857; membro do Ateneu Maranhense, em 1860; do Ateneu Paraense, 1861; da Sociedade de Beneficência Luso-Maranhense, 1861; do Instituto Histórico e Geográfico Rio-Grandense, 1863; do Instituto Histórico e Geográfico da Bahia, 1863; da Imperial Academia de Medicina do Rio de Janeiro, 1864;do Instituto Histórico e Etnográfico do Brasil, 1865; do Instituto Literário Maranhense, 1865; do Conservatório Dramático da Bahia, 1866; da Manumissora 28 de Julho, 1869; do Instituto Arqueológico e Geográfico Alagoano e da União Católica do Rio de Janeiro, 1870. Foi sócio ainda, da Real Sociedade Humanitária do Porto, 1858; do Instituto Arqueológico e Geográfico Pernambucano, 1863. Traduziu a importante obra sobre o Maranhão colonial do capuchinho Yves d'Evreux. César Marques é patrono da cadeira n-35 da Academia Maranhense de Letras, da de n-07 da Academia Caxiense de Letras e de no. 22 do Instituto Histórico e Geográfico do Maranhão. Foi agraciado com as comendas da Ordem Militar de N.S. Jesus Cristo,d e Portugal; Cavaleiro da Imperial Ordem da Rosa do Brasil e Oficial da Academia da França. Obra: Diccionario Historico, Geographico e Estatistico da Província do Espírito Santo. Rio de Janeiro: Typographia Nacional, 1878. 248p. Dicionário Histórico Geográfico da Província do Maranhão (3ª ed.). Rio de Janeiro: Cia. Editora Fon-Fon e Seleta, 1970. 683 p. História da Missão dos padres capuchinhos na ilha do Maranhão e suas circunvizinhanças pelo padre Cláudio d'Abbeville. Maranhão: Typ. do Frias. 1874. http://pt.wikipedia.org/wiki/C%C3%A9sar_Augusto_Marques ; http://www.ape.es.gov.br/bib_Cesar_Marques.htm
[3] JOÃO VICTOR VIEIRA DA SILVA, Tenente-Coronel Graduado, em 1856. Engenheiro-Militar. Em 1857, servia na Província do Maranhão. Cavaleiro da Imperial Ordem de S. Bento de Aviz. Cavaleiro da Imperial Ordem da Rosa. http://vieirasdeguimaraes.blogspot.com/2010/08/vieira-da-silva-e-sousa-maranhao.html
[4] VIERA DA SILVA, Luis Antonio. HISTÓRIA DA INDEPENDENCIA DA PROVÍNCIA DO MARANHÃO – 1822/1828. 2 Ed. Rio de Janeiro: Cia Editora Americana, 1972. Coleção São Luis – 4. Edição comemorativa ao Sesquicentenário da Independência do Brasil patrocinada pela SUDEMA.
[5] COUTINHO, Milson. FIDALGOS E BARÕES – uma história da nobiliarquia luso-maranhense. São Luis: GEIA, 2005
[6] COUTINHO, Milson. O MARANHÃO NO SENADO (notas bibliográficas). São Luis: SEFAZ/SECMAS/SIOGE, 1986
COUTINHO, Milson. MEMÓRIA DA ADVOCACIA NO MARANHÃO. São Luis: Clara, 2007. Edição comemorativa dos 75 anos da OAB-MA, contendo elementos biográficos de notáveis advogados entre os anos 1650 a 1950
[8] DINO, Nicolau. O VISCONDE DE VIEIRA DA SILVA. São Luis: (IHGM?), 1974
[9] Verbete do César Marques - FERNANDO LUÍS FERREIRA. Tenente coronel do Corpo de Engenheiros. Ainda vive êste estudioso, trabalhador e metódico engenheiro, filho legítimo do Tenente-Coronel Miguel Inácio Ferreira (maranhense) e sua mulher D. Catarina de Sene Freire de Mendonça (pernambucana). Nasceu a 1 de agôsto de 1803, na cidade de São Luís, capital da Província do Maranhão. Assentou praça em 29 de setembro de 1820 e foi reconhecido cadete de 1a classe. Foi promovido a 2o Tenente de Artilharia em 26 de março de 1821, a 1o Tenente e a Capitão até 22 de março de 1824; estêve destacado em Caxias, como 2o Tenente, comandando a fôrça de artilharia às ordens do comandante das Armas do Piauí, o Major J. J. da Cunha Fidié, que se achava então fortificado no Morro da Taboca, e aí foi prêso à ordem do General, Governador das Armas do Maranhão, Agostinho Faria.  Matriculou-se no 1º ano da Academia Militar no ano de 1825. O pôsto de capitão foi-lhe confirmado a 22 de novembro de 1831, com antiguidade de 22 de março de 1824. Veio para esta Província em 1833, como oficial avulso. Passou a comandar o Corpo de Artilharia da Província, e depois em 1835 fêz passagem para o Imperial Corpo de Engenheiros no mesmo pôsto de capitão, que ainda tinha, sendo Ministro da Guerra o dito José Félix de Burgos, que anteriormente levara prêso para a côrte. Pediu e obteve sua reforma no pôsto de tenente-coronel a 9 de agôsto de 1848. Foi quem fêz as fortificações passageiras no Icatu no tempo da Balaiada e a do Alto das Carneiras, tendo nesta como ajudantes os Oficiais de Engenheiros José Joaquim Rodrigues Lopes e João Vito Vieira da Silva. Em 1840 foi encarregado de fundar a Colônia Indígena de São Pedro do Pindaré. A 16 de outubro de 1857 foi nomeado presidente do Conselho Administrativo onde serviu, por 10 anos, e cujo lugar só deixou quando foram extintos êsses Conselhos no Império. Foi nomeado lente de geometria e mecânica aplicadas às artes, lugar de que pediu e obteve demissão. Foi nomeado diretor da Escola Agrícola desta Província em 27 de agôsto de 1864, lugar que serviu por pouco tempo, e no qual não foi substituído por ter sido então estinta essa Escola. Foi nomeado diretor das Obras Públicas a 28 de março de 1865, depois da extinção dos Conselhos Administrativos. http://wwwfamiliavieiraferreira2.blogspot.com/
[10] Um dos maiores protetores da Igreja do Carmo foi o FREI CAETANO DE SANTA RITA SEREJO. Durante 30 anos viveu sozinho no convento, onde manteve sob sua direção o Liceu Maranhense. Entre 1865/1866 empreendeu a restauração completa da igreja, inclusive sua fachada, cujo frontispício mandou revestir de azulejos portugueses. Com a sua morte em maio de 1891, o governo tomou posse do convento e da igreja do Carmo. http://www.revistamuseu.com.br/noticias/not.asp?id=13540&MES=/7/2007&max_por=10&max_ing=5
A situação da Ordem, devido à escassez de religiosos, era já bem alarmante em 1834. Ainda assim o último dos sobreviventes, Frei Caetano de Santa Rita Serejo, fez os maiores esforços para salva-la da ruína. Durante 30 anos viveu sozinho no convento, onde manteve sob sua direção o Liceu Maranhense. Entre 1865/1866 empreendeu a restauração completa da igreja, inclusive sua fachada, cujo frontispício mandou revestir de azulejos portugueses. Frei Caetano de Santa Rita Serejo administrava “um patrimônio de mais de 400 escravos, terras e olarias”. Com a sua morte em maio de 1891, o governo tomou posse do convento e da igreja do Carmo, com base na Lei de Amortização de janeiro de 1891 que determinava que quando da morte do último titular das Ordens religiosas, os bens destas passariam para o controle do Estado, executando-se, por motivo de parecer do Tribunal Federal, as igrejas, que por serem destinadas ao culto público não podiam ser consideradas propriedades privadas, tendo sido assim a igreja do Carmo entregue à mitra diocesana em janeiro de 1892 após permanecer fechada por um ano. http://museucapuchinho.blogspot.com/2010/06/resgate-historico-sobre-igreja-e-o.html
[12] JOAQUIM VIEIRA DA SILVA E SOUZA, nascido em 12 de Janeiro de 1800, no Maranhão e falecido em 23 de Junho de 1864, São Luiz, Maranhão. Matriculado no curso de Direito da Universidade de Coimbra, em 31 de Outubro de 1817, recebendo o grau de bacharel a 21 de Junho de 1822. Juiz de Fora de Fortaleza em 29 de Novembro de 1825. Provedor da fazenda dos Defuntos e Ausentes, resíduos e Capelas em 3 de Agosto de 1825. Ouvidor da Província do Ceará em 18 de Outubro de 1829. Desembargador da Relação do Maranhão em 02 de Dezembro de 1839. Presidente da Relação do Maranhão, nomeado em 28 de Outubro de 1853, em 11 de Setembro de 1856, em 20 de Setembro de 1859 e em 13 de Março de 1863. Deputado da Junta do Comércio do Maranhão em 30 de Novembro de 1850. Ministro do Supremo Tribunal de Justiça em 1 de Março de 1864. Deputado à Assembléia Geral Legislativa, pelo Maranhão de 1834 a 1837 e de 1838 a 1841. Senador do Império, pelo Maranhão nomeado em 27 de Setembro de 1859: com mandato de 1860 a 1864. Presidente da Província do Rio Grande do Norte, nomeado em 24 de Setembro de 1831 e da Província do Maranhão em 13 de Agosto de 1832. Ministro de Estado do Império em 1835. Ministro de Estado da Marinha em 1835. Ministro de Estado da Guerra em 1835. Comendador da Ordem de Cristo em 2 de Outubro de 1840. Conselheiro do Império em 26 de Julho de 1841. Sócio honorário da Academia Imperial de Medicina. Fidalgo Cavaleiro em 19 de Março de 1855. Comendador da Ordem de Cristo. Deixou geração do seu casamento em 16 de Julho de 1827, com Colomba de Santo Antônio Gaioso, falecida em Agosto de 1888, filha do Tenente-Coronel Raimundo José de Souza Gaioso e de Ana de Souza Gaioso.
[13] JOÃO VICTO VIEIRA DA SILVA E SOUSA. Tenente Coronel do Imperial Corpo de Engenheiros. Nascido em 15 de Junho de 1809, no Maranhão. Falecido em 20 de Dezembro de 1869, Alto Maranhão, Minas Gerais. Cavaleiro da Imperial Ordem de São Bento de Aviz. Cavaleiro da Imperial Ordem da Rosa. Lutou na Guerra do Paraguai tendo falecido em Santa Catarina, na viagem de volta ao Brasil. Bacharel em Matemática pela Academia Militar. Graduado pela Escola de Engenheiros, em 1856.
JOÃO VITO VIEIRA DA SILVA – Natural desta Província, estudou no Rio de Janeiro o curso de Engenharia, e cremos que foi contemporâneo do Tenente-Coronel Fernando Luís Ferreira, seu amigo e cunhado. Assentou praça no Corpo de Engenheiros e percorreu todos os postos até Tenente Coronel. A maior parte da sua vida estêve empregado nesta Província e por isso prestou-lhe alguns serviços na direção das suas obras, gerais ou provinciais como sejam cais, dique, quartel, Fortaleza da Vera Cruz, Hospital da Madre de Deus, etc, etc. Quase no fim da guerra, que o Brasil sustentou contra o Governo do Paraguai, faleceu êle vindo de Assunção a bordo do vapor, que o conduzia, e dorme o sono eterno na capital da Província de Santa Catarina.” (Dicionário Histórico-Geográfico da Província do Maranhão
César Augusto Marques)
JOÃO VICTO VIEIRA DA SILVA – Natural do Maranhão, falleceu no anno de 1869 a bordo de um paquete em que vinha da campanha do Paraguay, sendo o seu corpo sepultado na capital de Santa Catharina. Era bacharel em mathematicas pela antiga academia militar e, com praça a 19 de janeiro de 1825, serviu no corpo de engenheiros, subindo a diversos postos até o de tenente-coronel, em que foi reformado a 4 de janeiro de 1864; era cavalheiro da ordem da Rosa e da de S. Bento de Aviz, e escreveu:
- Alguns apontamentos da viagem feita por terra desta côrte à cidade de Cuyabá – sahiu na “Revista do Instituto Histórico”, tomo 35, 1872, parte 1a. pags. 423 a 438.
- Intinerario da viagem que fez da cidade de Goyaz até Cuyabá desde 3 de setembro até 2 de outubro de 1865 – É escripto em 1869 e o autographo pertence ao archivo militar.
- Planta do forte de Vera-Cruz, cachoeira do Rio Itapicurú, levantada, etc. 1841.0m,324X0m,480. – Ha varias cópias e duas no mencionado archivo. (Blake, Augusto Victorino Alves Sacramento Diccionario Bibliographico Brazileiro. Volume 4. 1898. Páginas 65 Rio de Janeiro. Imprensa Nacional.)

Em 1837-1, Ministério da Guerra, Página 54, era 1º Tenente de Engenheiros recebendo o soldo de 300$000. Em 1849, à Página 150, era Capitão. Em 1866, à Página 273, era Tenente Coronel, servindo em Mato Grosso. Casado, em 1846, em Caxias, com Dona Edeltrudes Rosa Cantanhede Machado, nascida em 1825, em Caxias, Maranhão. Com Geração. http://vieirasdeguimaraes.blogspot.com/2010/08/vieira-da-silva-e-sousa-maranhao.html

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