quarta-feira, 9 de dezembro de 2015

1612 vence edição 2015 do Prêmio Literário Nacional do PEN Clube do Brasil


 
Ana Luiza Ferro
São Luís - A pesquisadora, escritora, sócia efetiva do IHGM e promotora de justiça, Ana Luiza Ferro, foi a vencedora da edição 2015 do Prêmio Literário Nacional PEN Clube do Brasil, na categoria Ensaio com o livro 1612: os papagaios amarelos na Ilha do Maranhão e a fundação de São Luís (Curitiba: Juruá, 2014, 776 p.).
 
Prêmio Pedro Calmon
Ano passado como representante do IHGM, esse mesmo livro 1612, já havia sido agraciado com a Menção Honrosa do Prêmio Pedro Calmon – 2014, do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro (IHGB). A cerimônia de entrega do prêmio será realizada dia 14 próximo, a partir das 19 horas, no Terraço Panorâmico do IHGB, localizado na Av. Augusto Severo, 8 – 12º andar, Glória, no Rio de Janeiro-RJ.
Inspiração
“Meu amor eterno ao maior inspirador da obra 1612 e autor da apresentação, antes de partir para a eternidade: meu pai Wilson Pires Ferro, grande defensor da França Equinocial em seus escritos. E meus renovados agradecimentos ao IHGM e aos historiadores Vasco Mariz (Rio de Janeiro), Lucien Provençal (França) e Antonio Noberto (São Luís), prefaciadores do livro”, destaca a autora.
Resenha
 O livro, prefaciado pelos historiadores Lucien Provençal e Vasco Mariz, tem como tema central a fundação da França Equinocial no Maranhão em 1612, focalizando desde os seus antecedentes até os primeiros anos que se seguiram à expulsão dos franceses do norte do Brasil. É uma viagem exploratória e crítica que acompanha a Era dos Descobrimentos e a partição do Mar-Oceano, as primeiras tentativas portuguesas de povoamento e colonização do Brasil e do Maranhão, a definição nebulosa da origem do nome “Maranhão”, as investidas dos gauleses pelo Novo Mundo, as guerras de religião que ensanguentaram a França na segunda metade do século XVI e cujos efeitos ainda assombrariam o país e seus empreendimentos no século seguinte, a chegada de cerca de 500 franceses (os “papagaios amarelos”, como eram chamados pelos índios) à Ilha do Maranhão em 1612, o reconhecimento da terra, a fundação da cidade de São Luís, a decretação das leis institucionais da colônia, a convivência dos padres capuchinhos Claude d’Abbeville e Yves d’Évreux com os tupinambás da ilha e das circunvizinhanças, o regresso de François de Razilly à França, os antecedentes, a deflagração e os desdobramentos da Batalha de Guaxenduba, a subsequente trégua firmada entre os gauleses e os lusos, a rendição do Forte São Luís, o destino das principais figuras da disputa franco-ibérica pelo Maranhão e os sucessivos governos de São Luís até a invasão holandesa. Nesse estudo é reafirmada inequivocamente, em primeiro plano, a atribuição da honra da fundação de São Luís aos gauleses; ademais, são analisadas as fases e características do mito da “origem” lusitana de São Luís e é destacado o fato de que Razilly, diferentemente de La Ravardière, por muito tempo teve o seu papel na implantação da França Equinocial e na fundação da cidade subestimado.



 

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