EUGES
LIMA
Historiador e
Presidente do IHGM
Inúmeras atividades foram planejadas, desde
salva de foguetes a partir das seis da manhã, nas Praças Deodoro e João Lisboa
até a (re)inauguração da Avenida Pedro II, que deixou de chamar-se Avenida
Maranhense, sendo trocado o nome do logradouro pela municipalidade para
homenagear o Imperador no seu centenário. Na sequência das comemorações, deu-se
a primeira sessão cívica do Instituto de História e Geografia do Maranhão no
Salão da Câmara Municipal.
Em sessão concorridíssima, onde estavam
presentes todas as autoridades, intelectuais, políticos, estudantes e
populares, pois foi no bojo dessas comemorações em alusão ao Centenário de
Pedro II e com o objetivo precípuo de integrá-las que foi fundado e depois
instalado em sessão cívica o IHGM, portanto, o 2 de dezembro, é uma das datas mais significativas do Instituto Histórico e Geográfico do
Maranhão, a Casa de Antônio Lopes, seu idealizador e secretário perpétuo.
Assim
registra o jornal “O Combate” sobre a sessão de instalação do IHGM na Câmara
Municipal de São Luís no dia 1 de dezembro de 1925:
“A primeira sessão cívica do Instituto de História e
Geographia do Maranhão, comemorativa da sua instalação e dedicada também a data
que recorda o nascimento de D. Pedro II, terá lugar amanhã, às 10 horas, com
máxima solenidade na sala de sessões da Câmara Municipal. Comparecerão a
solenidade todas as autoridades federaes, estaduaes e municipaes.
À porta da Câmara tocarão as bandas musicaes.
O ingresso será permitido às famílias e cavalheiros,
estudantes, auxiliares do comércio.
O corpo comercial e cônsules foram convidados por
intermédio da prestigiosa Associação Comercial.
Serão expostos retratos de D. Pedro II, D. João VI e
D. Pedro I, sendo o de D. Pedro II devido ao pincel do distinto pintor snr.
Paula Barros.”
As
atividades comemorativas preencheram todo o dia 2, com sessão matinal no Cinema
Olympia, desfiles escolares às 16 horas na Praça João Lisboa, precedidos por
bandas de musicas e préstimo cívico, encerrando finalmente a partir das 20
horas com sessão cívica no Teatro Arthur Azevedo.
Esse dia tão especial para a população ludovicense e principalmente para uma elite intelectual que assumira a organização das atividades tinha como razão principal a comemoração do Centenário do Imperador D. Pedro II, que mesmo passado mais de duas décadas de sua morte e do advento da República, pode-se perceber por esses eventos o quanto sua memória ainda continuava viva e popular entre os maranhenses e brasileiros para justificar a magnitude e o simbolismo dessas comemorações.
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