quarta-feira, 12 de junho de 2013

Inscrições abertas para 2.ª edição do Festival de História do Brasil (fHist)

 Do Site Revista de História da BN e do fHist



 
 

Já estão abertas as inscrições para o Festival de História (fHist) 2013, que promete passar a limpo momentos controversos da memória do país. Com a temática “Histórias não contadas”, a segunda edição do evento, que acontece entre os dias 19 e 22 de setembro, em Diamantina (MG), abordará o legado dos jesuítas, as rebeliões coloniais, a Inconfidência Mineira e a Independência do Brasil, entre outros assuntos polêmicos.

No caso da ditadura civil-militar e da Comissão da Verdade, por exemplo, a ideia é trazer à tona o papel da imprensa na resistência à censura, detalhes sobre a Operação Condor e a perseguição de brasileiros no exterior.

Segundo o professor Paulo Cunha, da Unesp, um evento como este pode despertar a academia para assuntos antes encarados como tabus. “Um caso sintomático é a Coluna Prestes. Ela é estudada em várias escolas militares mundo afora, menos nas nossas, salvo como tática, mas não como movimento”, alerta, lembrando também do caso da obra do historiador e militar Nelson Werneck Sodré (1911-1999). “Por ter sido um general marxista, nunca foi alvo de atenção nas escolas militares, tampouco em universidades conservadoras, e agora está sendo revisitada”.

Para isso, além das 14 mesas-redondas programadas e conferências na “Tenda da História”, o evento traz ao público cinco oficinas, uma mostra de cinema, cinco espetáculos musicais e o lançamento de livros inéditos, como o 9º volume da História Geral da África, da Unesco, com direito a bate-papo com os autores.

“A dita apatia do brasileiro pelo estudo da história vem sendo substituída por um largo consumo – muito saudável, aliás – de diversos produtos ligados ao tema, como livros, programas de TV e revistas. Até mesmo a produção acadêmica, antes praticamente inacessível ao leitor não especializado, chega agora às vitrines de livrarias e é muito bem aceita”, disse, por e-mail, a professora Pilar Lacerda, uma das curadoras do evento, que vai contar com nomes da historiografia nacional, como Heloísa Starling, da UFMG, e um dos mais reconhecidos brasilianistas, o britânico Kenneth Maxwell.

A escolha da cidade-sede também é objeto de destaque. Reconhecida pela Unesco como Patrimônio Cultural da Humanidade, Diamantina reúne um acervo histórico-arquitetônico singular, fortemente ligado à exploração de ouro e diamante. “A cidade oferece um cenário ideal para o Festival. Além de polo estratégico do turismo brasileiro, Diamantina se consolida como polo universitário de excelência, sendo portal do Vale do Jequitinhonha”, comenta Pilar Lacerda.

Para a curadora, o único requisito para a participação no Festival é o desejo de aprender mais sobre a História do Brasil. “É uma oportunidade rara de encontrar quem está escrevendo, pesquisando e ensinando história”, aponta Pilar. “O mais importante é dar acesso ao grande público a este clima permanente de investigação e procura”, conclui.
As inscrições devem ser feitas exclusivamente pelo site oficial do evento(http://www.festivaldehistoria.com.br/). O ingresso custa R$ 30 para estudantes, R$ 60 para professores e R$ 90 para as demais categorias.


 








 

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